Representante de Israel na ONU é expulso da Assembleia por protestar contra discurso do presidente do Irã (vídeo)

Gilad Erdan tentou interromper Ibrahim Raisi segurando uma fotografia de Mahsa Amini – jovem morta pela “polícia moral” iraniana por não usar corretamente seu ‘hijab‘. Depois, o israelense acabou sendo escoltado para fora do salão pelas forças de segurança – ASSISTA

O representante de Israel na Assembleia Geral da ONU e embaixador de seu país nos EUA, Gilad Menashe Erdan, tentou interromper, nesta terça-feira (19/9), o discurso do presidente do Irã, Ibrahim Raisi.




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O israelense caminhou pelo corredor central em direção a Raisi, exibindo a imagem da jovem Masha Amini, de 22 anos, que foi morta pela “polícia moral” iraniana porque não usava “corretamente” seu ‘hijab’ – traje feminino islâmico.

Após uma rápida incursão da equipe de segurança do órgão, Erdan acabou sendo detido e escoltado para fora salão (veja no vídeo abaixo). O embaixador de Israel nos EUA explicou, nas redes sociais, o motivo do protesto:

Quando o Presidente Raisi do Irão, o “Carniceiro de Teerão”, começou o seu discurso, agitei uma fotografia de Mahsa Amini, a inocente mulher iraniana que foi brutalmente assassinada pelo regime há um ano por não usar um hijab “corretamente””, escreveu Erdan, em sua conta na rede social ‘X. Ele prosseguiu:

“Entretanto, fora da ONU, centenas de iranianos protestavam, implorando ajuda da comunidade internacional. Nunca deixarei de lutar pela verdade e sempre exporei as distorções morais da ONU. Aqueles que estendem o tapete vermelho para assassinos e antissemitas devem ser responsabilizados pelas suas ações!“, pontuou.

Há um ano, Mahsa Amini foi acusada de não usar adequadamente seu hijab e acabou sendo morta sob custódia da polícia moral, o que posteriormente gerou uma onda de protestos em massa que abalaram o Irã, seguida de uma repressão brutal.

A jovem foi presa durante férias com a família por usar o véu mostrando um pouco de cabelo.

Mesmo assim, após as manifestações, as mulheres de lá seguem desafiando o regime e um número considerável desfilam pelas ruas sem o hijab.

Mulheres caminham em rua de Teerã sem o véu, obrigatório no país, em 9 de setembro de 2023. — Foto: Vahid Salemi/ AP

Cerca de 20% das mulheres estão atualmente desrespeitando as leis da República Islâmica, onde existem câmeras nas ruas para flagrar aquelas que deixar de usar véu, como mostrou uma reportagem da BBC News.

Uma multa é aplicada para as infratoras, que podem ter que desembolsar entre 5 mil e 500 mil riais, o que corresponde a faixa de R$ 0,60 a R$ 59,15, ou uma pena de prisão de 10 dias a dois meses.

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