“Chega uma hora que a população se levanta. Não tem como”, diz especialista sobre a “dor palestina” (vídeo)

Arlene Clemesha é professora de ‘História Árabe‘ do ‘Departamento de Letras Orientais‘ da ‘Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas‘ da ‘Universidade de São Paulo‘ e diretora do ‘Centro de Estudos Árabes da USP‘ – ASSISTA

“…ao longo desses 17 anos, esse é o quinto massacre” contra os palestinos de Gaza, explica Arlene Clemesha – historiadora, professora de ‘História Árabe‘ do ‘Departamento de Letras Orientais‘ da ‘Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas‘ da ‘Universidade de São Paulo‘ e diretora do ‘Centro de Estudos Árabes da USP‘.




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Clemesha repete, enfatizando: “Não é o primeiro, é o quinto. O bloqueio [à Faixa de Gaza] dura 17 anos”, prossegue. O que aconteceu agora? Disseram que ‘não vai entrar nada'”.

Hoje, quando todos reconhecem que não há dois Estados possíveis de serem criados, porque tem 750 mil colonos dentro da Cisjordânia. Jerusalém Oriental foi anexada por Israel. Israel não vai devolver, se for da vontade dela”, afirmou em entrevista ao ‘Brasil de Fato‘.

Segundo Clemesha, a tentativa da ONU em dividir a região em duas partes “fechou os olhos do mundo” para a real situação entre Israel e Palestina:

Então, existe uma situação de ‘Apartheid’ e qual tem que ser a resposta? Direitos Humanos! E a Cisjordânia, por sua vez, não é um território só. Está toda picotada, porque aquela ‘Área A’ são bolsões territoriais de onde as pessoas têm dificuldade de sair e voltar, com total precariedade, imposições pra todo lado”, disse.

E se a gente for olhar pelo lado da legislação, você entende facilmente porque tem um regime de lei marcial, ocupação militar, leis de emergência que foram criadas pelo mandato britânico de 1945 e que estão em vigor até hoje, só para os palestinos dentro de Israel e na Cisjordânia”, explicou.

E na Cisjordânia, o regime de lei marcial. Não tem liberdade”.

Então, não obstante, a tristeza que é ver a morte de civis, pra qualquer um dos lados, não tem como a gente não pensar num outro episódio histórico que foi o levante do gueto de Varsóvia.

Chega uma hora que a população se levanta. Não tem como”.




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