59 mortos: ‘Amanhã pode ser tarde demais para deter Bolsonaro’, diz ‘El País’

Nesta manhã de quinta-feira (26), o Brasil já soma 2.554 infectados dos quais 59 morreram. No mundo, o covid-19 já infectou 486.592 e matou 22.020 pessoas. Na China, onde o vírus se originou e atingiu 81.285 infectados, a situação está mais sob controle. Mas na Itália, onde os líderes do país demoraram a tomar uma atitude, os casos ultrapassarão os do país asiático daqui a um dia apenas. O país da pizza já soma 74.386 casos com 7.503 mortos. É grave a situação também nos EUA, onde o número de casos avançou para 69.219 matando 1.054 americanos. “Enquanto isso, Bolsonaro não só caçoa de uma epidemia que coloca o mundo de joelhos, como tenta se aproveitar dela para minar as instituições democráticas” publica o ‘El País’.

Bolsonaro usa máscara em coletiva de imprensa – fotomontagem Equipe Et Urbs Magna

O jornal diz que Bolsonaro é como uma serpente esperando o momento para dar o bote e, enquanto isso, comete um crime sem perdão ao “caçoar de uma epidemia” que está colocando o mundo de joelhos, se aproveitando do surto para minar instituições democráticas e sustentar sua ânsia de poder politizando um drama em que o país está entre a vida e a morte.

Bolsonaro apresenta “ao exterior uma imagem do país que vai na contramão dos maiores líderes mundiais na luta contra a epidemia do coronavírus“, diz o ‘EL país’ acrescentando que “o presidente é mais perigoso do que parece” e lembra que, quando jovem, ele “sonhava em presidir o país utilizando até métodos de terror“.

Em texto agressivo, JUAN ARIAS busca lembrar aos incautos eleitores de seu ‘mito’ que Bolsonaro era um zé ninguém no passado, tendo sido considerado erroneamente inofensivo, mas que isso não diminuía o perigo de seus pensamentos: “Podia vomitar as maiores barbaridades porque se pensava que era um personagem folclórico, até engraçado, um zé ninguém. Não era. E chegou ao maior cargo do Estado e por voto popular

Arias adverte que o presidente “se aproveita da tragédia para sonhar até mesmo em impor o estado de sítio e colocar o Exército no comando do país“, em meio ao desespero e caos, não só dos brasileiros, mas de todos os terráqueos sob o jugo do covid-19. O autor do texto, ainda que implicitamente, compara Bolsonaro a Hitler, tido como inofensivo em seus primeiros anos no poder, mas que acabou se vingando de seus oponentes com o Holocausto.

Amanhã pode ser tarde demais“, insiste o jornalista do ‘El País’, que implora para que não deixem o Brasil grandioso, que um dia já foi, “sufocado pela ignorância e a loucura dos que desejam transformá-lo em uma republiqueta periférica no mundo“. Arias também diz que todos nós podemos nos “arrepender de não ter reagido a tempo deixando que alguém que já deu provas suficientes de que é incapaz de governar” (…) “continue perigosamente arrastando-o a uma aventura cujo final não é difícil de se imaginar“, e portua que isso “é para hoje” porque “amanhã será tarde demais“.

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