Lula não teria sido injustamente preso, o golpe contra a presidente Dilma não teria acontecido e o maldito governo Bolsonaro não teria existido, diz advogado

Ao argumentar sobre o parecer do MPF contra a cassação de Sergio Moro, o advogado Roberto Bertholdo diz que a Lava Jato apenas adormeceu, mas não morreu: “Na primeira oportunidade, ressurgirá para finalizar seu propósito: acabar com a esquerda” – LEIA A ÍNTEGRA




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Após o MPE (Ministério Público Eleitoral) enviar parecer contrário à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na terça-feira (7/4), o advogado Roberto Bertholdo afirmou em suas redes sociais que “a Lava Jato não morreu” e que “na primeira oportunidade, ressurgirá para finalizar seu propósito“, que é o de “acabar com a esquerda“.

O vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa rejeitou os recursos do PL e do PT, defendendo a absolvição de Moro das acusações de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação, após ele ter sido absolvido pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná, no início de abril.

O julgamento de Moro ainda não tem data definida, mas o parecer representa uma vitória inicial para o senador.

Bertholdo afirma que a Lava Jato “apenas adormeceu” e que “ontem, foi dado mais um passo” para Moroescapar“. E que é “justamente o seu desempenho na operação que quase quebrou o Brasil, trazendo-lhe fama, é o está servindo para protegê-lo“.

Leia a sequência do texto do advogado, postado no ‘X’:

O parecer do MPF mostra um contorcionismo legal inédito para salvá-lo. Lembro que ainda em 2014 fui às maiores lideranças do PT para denunciar que o verdadeiro objetivo de Moro desde quando me prendeu em 2005 era prender Lula.

Na Lava Jato também, queriam mesmo era prender Lula. Já na minha época, eu fui pressionado para delatar Lula e Zé Dirceu em troca da minha liberdade. Não fiz, permaneci preso. Recentemente o delator que havia “delatado” meus “crimes” revelou que havia sido obrigado por Moro a mentir, inventar crimes que eu não havia cometido. A delação foi uma farsa, uma fraude.

Voltando a 2014, acompanhado por meu amigo e advogado Michel Saliba, pelos dep. José Mentor, André Vargas e Cândido Vacarezza, fomos até o então presidente do PT o dep. Rui Falcão, ao então ministro da Justiça e até a presidente Dilma, alertando que real o propósito de Moro na Lava Jato era prender Lula e que para isso faria qualquer negócio, até mesmo fraudes processuais. Ninguém me ouviu àquela época e talvez, caso movimentos legais e judiciais fossem realizados, o Brasil não teria passado pelo que passou.

Lula não teria sido injustamente preso, o golpe contra a presidente Dilma não teria acontecido e o maldito governo Bolsonaro não teria existido. Como não acreditaram naquilo que eu falava, as portas se abriram para Moro virar ministro e para a extrema-direita crescer tentando impor o fascismo no Brasil. Além disso tudo, pior ainda, este grupo fez de tudo para implantar uma nova e nefasta ditadura militar em nosso país.

Fico perplexo ao perceber que Moro, apesar de todo o mal que já fez para o Brasil, ainda está recebendo proteção de alguns grupos. O que se fala à boca pequena em Brasília é que Moro saiu prometendo de tudo para membros da política e do judiciário, numa espécie de acordo espúrio. Eu não seria leviano em afirmar que estes acordos para salvar Moro teriam de fato acontecido.

Porém, digo com absoluta certeza que caso Moro tenha se comprometido com algum tipo de acordo, não se iludam, ele não cumprirá nenhum deles. Foram inúmeras as vezes que ele não cumpriu. Lembro que logo depois que ele traiu o seu padrinho Álvaro Dias, eu o encontrei, ainda muito ressentido dizendo que não entendia como Moro o havia traído de maneira tão vil. Falei para o Álvaro que as atitudes de traição de Moro eram recorrentes. Eram um hábito. Álvaro deve se lembrar disso.

A lista de traídos por Moro é enorme. Lembrem-se de Renata Abreu do Podemos, de Joice Hasselman, além do ex presidente Jair Bolsonaro. Eu sei exatamente o que estou falando, Moro é um sociopata que oferece riscos ao Brasil e à democracia.

O sono da lava jato é muito leve e está pronto, esperando um bom momento para ser despertado. Enquanto dormem, sonham com a hegemonia, o poder e o fascismo. Não espero que se faça nenhuma injustiça contra ele, muito pelo contrário, meu desejo é que as leis sejam cumpridas”.




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