Ombudsman da Folha pede para passar a informação que “vai ter golpe” de Bolsonaro

Jair Bolsonaro e militares em cerimônia do Dia do Soldado | Jorge William | O Globo


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

O jornalista diz que o próprio jornal em que publicou seu artigo e toda a imprensa deveriam “trocar de vez a presunção pela certeza do fato”

O ombudsman da Folha diz, em artigo publicado neste domingo (8/5), que “vai ter golpe” de Bolsonaro e, além do anúncio, ele ainda pede ao leitor que “passe a informação”. O jornalista José Henrique Mariante diz que o próprio jornal em que publicou seu artigo, e toda a imprensa, deveriam “trocar de vez a presunção pela certeza do fato“.

Mariante lembra que a mesma mídia onde postou sua matéria “vários colunistas dispararam alarmes” como Mariliz Pereira Jorge, Bruno Boghossian, Ruy Castro e Maria Hermínia Tavares.

Não podemos impedir o golpe?“, questiona o ombudsman, que responde a seguir: “Bem, dá pelo menos para contar para as paredes que a virada de mesa está em curso, vai acontecer e que é prudente o cidadão de bem preparar a alma e o bolso para o tsunami que se avizinha“.

Mariante lembra que Maria Hermínia lembrou, em seu artigo, que “melar a disputa nacional significará melar todos os outros pleitos de outubro“. E acrescentou que “concorrentes deveriam ser questionados sobre ganhar e não levar“. E ainda, que a imprensa desperdiçou “a chance de perguntar nas sabatinas dos pré-candidatos ao governo de São Paulo o que eles farão diante da consumação do golpe e do fato de, quem sabe, estarem eleitos mas impedidos de tomar posse por algum cabo ou soldado

O ombudsman sugere que “o pessoal da Faria Lima deveria ser indagado se a quartelada já foi precificada e até onde dólar e juros podem chegar após um desarranjo dessa monta“. Em seguida questiona se “uma XP ainda não projetou o pior cenário?” E acrescenta que “se algum analista disser que o mercado não trabalha com tal hipótese, basta lembrar que Bolsonaro e seus generais próximos flertam com a tese diariamente“.

A interferência internacional sobre a questão é apontada por Mariante, como no caso em que o cônsul americano no Rio prevê sanções ao Brasil se as eleições forem prejudicadas e também na ocasião em que o chefe da CIA disse ao governo Bolsonaro que não é conveniente ao país contestar o próprio sistema eleitoral.

Mariante diz que passamos do ponto de “admitir” que “o receio de um golpe é justamente o jogo que Bolsonaro e aliados querem jogar”, e que a questão é que “Bolsonaro se perdeu em campo, mas arrasta muita gente com ele apenas pelas circunstâncias. Não pode mais ser tratado como um risco, mas sim como certeza de dano para as instituições e para o país”.

Para o ombudsman, Bolsonaro “precisa ser contido“. E diz que a mídia precisa explicar ao povo que “um golpe, civil ou militar (…) “vai dar trabalho, vai atrasar ainda mais o Brasil, vai custar caro“.

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