O sumiço misterioso de oito funcionários de Flávio Bolsonaro e a ‘justiça’ nem quer saber onde estão

O que no início parecia ser apenas um assunto financeiro já tem desdobramentos para se transformar num caso policial. Já tinha, dadas as ligações dos dois envolvidos, o ex-PM Fabrício Queiróz e o então deputado estadual Flávio Bolsonaro com milicianos do Escritório do Crime, o segundo empregando parentes de um dos chefes, o ex-capitão Airton Magalhães, indicados pelo primeiro, em seu gabinete, o que já era um escândalo federal.

Agora os laços se estreitam mais ainda com a notícia de que todos os oito funcionários que depositaram parte do salário na conta do colega de gabinete Queiróz tomaram chá de sumiço. Todos. Inclusive a mãe do miliciano, Raimunda Veras Magalhães.

Sumiram sem deixar novo endereço. Trancaram as casas. Uma operação com todas as evidências de ter sido orquestrada. Uma operação que indica que se trata de um grupo que trabalha unido. Operação típica de uma quadrilha.

Não é difícil adivinhar de quem teria partido a ordem de se escafederem. Basta indagar a quem interessava o sumiço. Fazer desaparecer as testemunhas é clara obstrução à Justiça. Sem seus depoimentos fundamentais o processo fica manco.

Sumir assim, de um dia para o outro, deixando emprego, família, amigos, responsabilidades não é para qualquer um. Requer dinheiro, infraestrutura e um motivo de extrema relevância. Só se faz isso em último caso. Quando não há outro jeito.

Mudaram de cidade, de estado, de país? Não se sabe. Mas é certeza que alguém os financiou e ainda os financia. Para comprar o seu silêncio.

Dados os novos ingredientes da trama, que a cada dia lembra mais as novelas de Agatha Cristie não é mais admissível que o caso seja investigado apenas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele já transcendeu a esfera estadual. É um caso federal. E que está dentro do gabinete do presidente da República, amigo de Queiróz, pai de Flávio, admirador de milicianos.

Um caso a exigir uma investigação mais profunda, da Polícia Federal. Eventualmente, da Interpol. As oito testemunhas têm que estar em algum lugar do mundo.

Depois de ter construído a fama de justiceiro ao condenar a 9 anos de prisão o ex-presidente Lula por supostamente receber imóvel no valor de R$1 milhão, sem provas, por convicção, o atual ministro da Justiça tem o dever e a obrigação de mandar a Polícia Federal, que atua sob suas asas abrir uma investigação para apurar o sumiço das oito testemunhas.

Se não mandar investigar dará a entender que participa da Operação Abafa. O que vai pegar muito mal para um ministro que acabou de apresentar um pacote de combate ao crime organizado.

Eis a oportunidade de combater o crime organizado na prática.

Et Urbs Magna via
Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia

Receba nossas atualizações direto no seu WhatsApp – Salve nosso número em sua agenda e envie-nos uma mensagem – É GRÁTIS – ACESSE AQUI

Doe ao Et Urbs Magna

𝙲𝙾𝙽𝚃𝚁𝙸𝙱𝚄𝙰 𝚌𝚘𝚖 𝚘 𝚅𝙰𝙻𝙾𝚁 𝚀𝚄𝙴 𝙳𝙴𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁 (O valor está expresso em Dólar americano) Para alterar o valor a contribuir, basta alterar o MULTIPLICADOR na caixa correspondente 𝐀 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐫 𝐝𝐞 𝐔𝐒𝐃 $ 5 até o limite que desejar

$5.00

Comente

4 comentários em “O sumiço misterioso de oito funcionários de Flávio Bolsonaro e a ‘justiça’ nem quer saber onde estão”

  1. Affonso H. Nunes

    Olá. Tentei fazer uma contribuição com o PayPal, mas veio a informação de que não há como fazer a doação com PayPal. Parabéns pelo site!

    1. Redação Urbs Magna

      Obrigado, Affonso. É um prazer corresponder às expectativas de nossos leitores. Quanto ao PayPal, verificamos e constatamos que há algo errado nos links. Obrigado por nos avisar, tentaremos resolver isso. Seu alerta nos foi bem útil. Gratos.
      Equipe 𝕰𝖙 𝖀𝖗𝖇𝖘 𝕸𝖆𝖌𝖓𝖆

  2. Pingback: O sumiço misterioso de oito funcionários de Flávio Bolsonaro e a ‘justiça’ nem quer saber onde estão | Espaço de walter

Comente

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Descubra mais sobre

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading