Moro cogita renunciar no Senado e sair do Brasil, se antecipando à cassação e alegando perseguição

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, declarado pelo STF parcial e suspeito para julgar Lula, além de incompetente para decisões sobre seu caso na 13ª Vara de Curitiba | Foto de Pedro França/Agência Senado

Segundo um colunista, o ex-juiz parcial que entrou para a política e virou senador está procurando emprego nos EUA

Sergio Moro “pode renunciar ao mandato“, antecipando-se a “uma possível cassação“, fazendo “um movimento para se declarar como perseguido político no Brasil“, informa o colunista do ‘Último Segundo’, do portal de notícias ‘iG‘, Daniel Cesar.

O ex-juiz declarado parcial e incompetente pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que teve todas as suas sentenças contra o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuladas, “sondou amigos e aliados que moram nos EUA na busca por um emprego, que lhe garantiria a permanência no país americano“, diz o jornalista.

Daniel Cesar diz que “uma pessoa do núcleo duro” do político, que afirmou que jamais entraria para a política, mas deixou a toga em troca do Ministério da Justiça, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e, mais tarde, se tornou senador pelo União Brasil pelo Paraná, “confirmou a informação recebida pela coluna no fim da tarde da última quarta-feira (17/5)“.

A notícia procede, mas estamos tratando internamente e com sigilo“, teria afirmado o aliado do senador, segundo transcrição na coluna do jornalista, que acrescentou o argumento que “recebeu de uma fonte que Moro foi aconselhado por um importante cacique político logo após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos)“.

Ele sabe que vai ser cassado, então precisa controlar a narrativa. Ficar gritando que foi injustiçado resolve? Talvez, mas só para um grupo. O movimento de renúncia e denunciar que é perseguido político para o mundo dá certo“, teria dito o líder partidário ao senador, diz Daniel Cesar em sua coluna.

O jornalista diz ainda que, “a princípio, Moro rejeitou a ideia e teria dito que não é homem de fugir da luta. Mesmo assim, seus principais assessores lembraram que não há caminho para a vitória judicial e que ele deve mesmo ser cassado“.

Vale a pena virar uma voz de rede social?“, teria questionado um importante aliado, ainda segundo Daniel Cesar, que também disse que “pessoas próximas articularam conversas com americanos, que garantiram bons empregos para o ex-juiz no país, o que fez com que ele passasse a cogitar a ideia“.

Existe a problematização da esposa. Ela está muito feliz como deputada e não quer ir embora do Brasil. Mas isso é facilmente contornável“, confirmou a fonte sem explicar qual seria a solução, escreve o jornalista, que pontua:

Questionado se há um prazo para a renúncia de Moro, a resposta foi taxativa. “Quando ele sentir que está emparedado e que é a única alternativa”, respondeu, antes de concluir: “A tendência é que o Moro vire o Jean Wyllys da direita“.

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