Netanyahu decide fechar ‘Al Jazeera’ em Israel após lei do Knesset contra emissoras consideradas ‘ameaça’

O ‘Al Jazeera‘ disse que as acusações de ter prejudicado a segurança do país é uma “mentira perigosa e ridícula” – Emissora sempre foi dura em suas críticas às operações realizadas em Gaza




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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que havia prometido, na última segunda-feira (29/4) fechar, durante a guerra contra o Hamas, a rede de televisão por satélite do Catar, ‘Al Jazeera‘ em Israel, decidiu, após votação em seu gabinete, neste domingo (5/5), pelo fechamento das operações da emissora.

O comunicado não estipulou quando a decisão entrará em vigor, disse a agência de notícias ‘Reuters‘. Segundo a matéria, a votação ocorreu depois que o parlamento de Israel, o ‘Knesset‘, aprovou uma lei que permite o fechamento temporário de emissoras estrangeiras consideradas uma ameaça à segurança nacional durante a guerra contra os palestinos em Gaza.

A lei permite que Netanyahu e o gabinete de segurança fechem a emissora por 45 dias, período que pode ser estendido, mas permanecerá em vigor até o final de julho ou até o fim das principais operações militares em Gaza.

O ‘Al Jazeera‘ disse que as acusações de Israel sobre ter prejudicado a segurança do país é uma “mentira perigosa e ridícula“. A emissora sempre foi dura em suas críticas às operações realizadas na Faixa de Gaza, com reportagens diárias ininterruptas, chegando a acusar Netanyahu de atacar sistematicamente seus escritórios e funcionários.

Segundo a ‘Reuters’, o ministro das Comunicações, Shlomo Karai, acusou a ‘Al Jazeera‘ de incentivar hostilidades contra Israel: “É impossível tolerar um meio de comunicação, com credenciais de imprensa da assessoria de imprensa do governo e com escritórios em Israel, agindo de dentro para fora contra nós, certamente em tempo de guerra“.

A cobertura da ‘Al Jazeera‘ sempre foi alvo de críticas de Israel, que nunca havia tomado medidas, pois o governo Netanyahu é consciente da importância do financiamento do Catar aos projetos de construção palestinos no enclave.

A notícia gerou preocupação nos Estados Unidos – principal aliado de Israel, que disse ser fundamental manter a liberdade de imprensa: “Se for verdade, uma medida como essa é preocupante“, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres em uma reunião.




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