Empresário terrorista que planejava atentado para posse de Lula é transferido para a Papuda

George Washington foi preso na noite de véspera de Natal, no dia em que acionou dispositivo para tentar explodir caminhão com 63 mil litros de querosene

Já está no presídio da Papuda o empresário bolsonarista e terrorista George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, que foi preso e acusado de planejar um atentado próximo ao Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal. Ele tentou explodir por meio de um dispositivo remoto um artefato preso a um caminhão abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação próximo à uma área do Aeroporto Internacional de Brasília.

De acordo com o diretor-geral da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), caso a quantidade de explosivo rompesse o compartimento do tanque resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções. No apartamento onde morava de aluguel, no Sudoeste, bem como no carro dele, os policiais encontraram armas, mais de 1 mil munições e artefatos explosivos.

Em depoimento prestado à PCDF, George disse que pretendia distribuir as armas e munições para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército, o que leva a crer que havia a intenção de um atentado programado para o dia da posse de Lula (PT).

Em audiência de custódia realizada neste domingo (25/12), a Justiça do Distrito Federal decidiu manter sua prisão preventiva e transferí-lo para a região de segurança máxima do Complexo Penitenciário da Papuda, após investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) detê-lo na noite desse sábado (24/12).

A juíza Acácia Regina Soares manifestou sobre a necessidade da conversão da prisão flagrante em preventiva para a garantia da ordem pública:

“[…] busca também assegurar o meio social e a própria credibilidade dada pela população ao Poder Judiciário, vez que os armamentos e artefatos encontrados em posse do autuado possuem grande potencial lesivo, entre elas um fuzil AR10, duas espingardas calibre 12, 30 cartelas de munição 357 magnum, 39 cartelas de munição 9 mm contendo 10 munições intactas não deflagradas, mais duas caixas contendo 50 munições de 9 mm, entre outros, capazes de causar danos a uma grande quantidade de pessoas e bens”, disse a juíza, conforme transcrição no site Correio Brazilense.

Dessa forma, além do grave risco à ordem pública, também restou caracterizado o risco para a conclusão da instrução processual, razão pela qual não se mostrando suficiente a imposição de nenhuma das medidas cautelares admitidas em lei”, pontuou Acácia Regina Soares.

Morador do Pará, George deixou a mulher e filhos na terra natal e chegou à capital em 12 de novembro para fortalecer o movimento dos protestantes acampados em frente ao QG. O empresário viajou em uma caminhonete, em que trouxe, no interior do veículo, as armas, as munições e os artefatos. Em Brasília, hospedou-se por um tempo em um hotel da área central. Depois, alugou um apartamento no Sudoeste pela plataforma Airbnb.

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