Arce diz que economia da Bolívia melhora e mídia local não reconhece, como o faz a mídia internacional

O presidente lembrou mobilizações que exigiram eleições gerais contra a autoproclamada presidente Jeanine Añez, após golpe que obrigou renúncia e exílio de Evo Morales

O presidente da Bolívia, Luis Arce, criticou a mídia boliviana ao afirmar que ela “não reconhece” o crescimento da economia como a mídia internacional o faz, desde que eleitores do país o direcionaram para a Casa Grande del Pueblo¹, a residência oficial do Pesidente do Estado Plurinacional da Bolívia.

A economia está melhorando, mas a mídia local não reconhece esse crescimento e o que estamos fazendo, mas quem reconhece é a mídia internacional“, disse, segundo transcrição do jornal Opinión, em um ato em Yapacaní – cidade da província de Ichilo, no departamento boliviano de Santa Cruz.

Ao inaugurar um moderno mercado municipal na cidade de Yapacaní neste domingo (29/5), Arce disse que fora da Bolívia a mídia destaca que graças às políticas implementadas por seu governo desde novembro de 2020, a situação melhorou.

Quando chegamos ao Governo não tínhamos dinheiro, estávamos endividados, mas fazíamos o que sabemos fazer, como vocês, desde jovens e crianças, trabalhar. pouco e os bolivianos estão sentindo aos poucos“, afirmou aos presentes.

O presidente também falou das mobilizações feitas no ano de 2020 exigindo a realização de eleições gerais, contra o governo de Jeanine Añez, que se autodeclarou presidente da Bolívia após o golpe que obrigou à renúncia e exílio do presidente reeleito em 2019, Evo Morales.

Graças a tudo o que fizemos, vemos um futuro mais promissor no horizonte, e é graças a vocês, à luta do povo boliviano, por isso a economia está melhorando, irmãos“, disse Luis Arce.

Ao entregar a obra, o chefe de Estado, que retomou sua agenda nacional depois de participar da Cúpula ALBA-TCP em Havana-Cuba na sexta-feira (27/5), disse que “graças ao voto popular, à consciência do povo boliviano, em outubro de 2020, recuperamos a democracia para o povo boliviano”. 

No último dia 16, a Justiça da Bolívia decidiu estender por mais três meses a prisão preventiva de Jeanine Añez devido ao ‘Golpe I’, como é chamado no país. A golpista é acusada dos crimes de conspiração e terrorismo. Antes ela era acusada também pelo crime de sedição, mas o Tribunal Constitucional Plurinacional eliminou a acusação.

Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia, na prisão

¹A Casa Grande del Pueblo é a residência presidencial boliviana que substituiu o Palacio Quemado em 2018, durante a presidência de Evo Morales. Entre 2019 e 2020, o governo interino da golpista Jeanine Áñez voltou a ocupar o Palácio Quemado, mas quando Luis Arce derrotou os direitistas bolivianos nas urnas, a residência presidencial retornou para a Casa Grande del Pueblo.

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