“Vai dar merda, Bruno Covas, cancele a reabertura de bares”, escreve colunista da Folha

𝐔𝐌 đđ«đšđŹđąđ„ – “Parece que agora vai. Vai dar merda. Das grossas”, escreve Marcos Nogueira em sua coluna com texto intitulado “Reabrir bares Ă© ser cĂșmplice do genocĂ­dio” e em cujo desfecho diz: “Prefeito Bruno Covas, ainda hĂĄ tempo de fazer o que Ă© certo. Cancele a reabertura de bares“.
Pessoas aglomeradas na Rua Dias Ferreira, no Leblon Foto: Alexandre Cassiano / AgĂȘncia O Globo

Com 63.254 mortes por coronavĂ­rus acumuladas e 1.543.341 casos registrados no Brasil, dos quais 41.988 somente nesta sexta (03), sem falar no inacreditĂĄvel veto de Bolsonaro ao uso de mĂĄscaras em locais fechados, os bares e restaurantes reabrirĂŁo em SĂŁo Paulo seguindo o (mau) exemplo do Rio de Janeiro.

De fato, a coisa parece proposital, como define o jornalista. A sensação Ă© que hĂĄ um genocĂ­dio programado e em curso por parte do Governo Federal. Sem contar a “estupidez humana, infalĂ­vel e universal“, como diz Nogueira, dos brasileiros que agem como se fossem imortais e desafiam as leis da biologia assassina do coronavĂ­rus fugindo do isolamento social necessĂĄrio direto para os bares que, ainda segundo o colunista, “lamentavelmente, amplificam nossa burrice atĂĄvica e suicida” bastando um relaxamento para “mijar fora do penico“.

Tudo o que importa sĂŁo os nĂșmeros do faturamento; do lucro. NĂŁo hĂĄ consciĂȘncia ou piedade, neste governo, com as vidas que se foram ou com as que inevitamelmente ainda irĂŁo com a curva do jeito que estĂĄ, parecendo ser controlada para que se mantenha em ascensĂŁo, e nĂŁo para seu achatamento.

Tudo isso graças ao “chororĂŽ e o esperneio do setor, com lobby constante nos gabinetes dos gestores pĂșblicos, [que] resultou na flexibilização antes do tal achatamento da curva“, diz o autor da matĂ©ria, que tambĂ©m afirma entender o “drama que vivem empresĂĄrios e trabalhadores da alimentação”.

Uma multidĂŁo de empresĂĄrios quebrou, outra multidĂŁo de trabalhadores ficou sem emprego. A crise chegou particularmente violenta para as bodegas e biroscas em geral” que agora se tornam “cĂșmplices do morticĂ­nios“, continua Nogueira dando entender que muitos clientes morrerĂŁo de covid-19, mas sem a freguesia quem morre sĂŁo os empresĂĄrios.

Apesar das medidas a serem tomadas nos estabelecimentos, como mĂĄscaras, talheres de plĂĄstico, ĂĄlcool em gel, termĂŽmetro-pistola na entrada e atĂ© cabine de desinfecção, o colunista da Folha diz que Ă© “tudo lindo no papel‘ e que “pode atĂ© vir a funcionar nos restaurantes. Nos botecos, duvido” e cita “as cenas do Leblon“, bairro do Rio de Janeiro, onde as ruas ficaram lotadas, na noite de quinta (2), quando bares e restaurantes foram autorizados a reabrir suas portas ao pĂșblico apĂłs trĂȘs meses de paralisação devido Ă  pandemia do coronavĂ­rus.

Nogueira pontuou: “Prefeito Bruno Covas, ainda hĂĄ tempo de fazer o que Ă© certo. Cancele a reabertura dos bares“. Um pedido que viria de qualquer pessoa sensata.

Assista, abaixo, às imagens do Leblon disponibilizadas em matéria do UOL:

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