Jeanine Áñez, presidenta golpista da Bolívia, é processada por massacres

Após Evo Morales ter sido forçado a renunciar em 2019, forças militares dizimaram aldeias em Senkata, El Alto e Sacaba, Cochabamba

A Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia determinou nesta segunda-feira (26/10), a abertura de um julgamento para a presidente do governo de fato da Bolívia, Jeanine Áñez, pelos massacres de Sacaba (Cochabamba) e Senkata (El Alto) e outros atos de violência.

A comissão especial do Parlamento que investiga os massacres sugeriu procedimentos criminais contra os ministros Karen Longaric, das Relações Exteriores; Yerko Núñez, da presidência; Arturo Murillo, do Governo; Fernando López, da Defesa; Álvaro Coímbra, da Justiça; Álvaro Rodrigo Guzmán, de Energías, e María Pinckert, de Meio Ambiente e Água.

O relatório daquela instância foi encaminhado ao Plenário do Legislativo, na qual deve ser aprovado ou rejeitado por dois terços.

Segundo a comissão, Jeanine Áñez também terá que responder à Justiça pela assinatura do Decreto Supremo 4.078 com o qual autorizou as Forças Armadas a realizar operações de restauração da ordem pública e isentou os militares de qualquer responsabilidade criminal.

Ao saber da decisão, a presidente de fato, por meio de sua conta no Twitter, afirmou que o MAS está recuperando o hábito de processar quem pensa diferente.

Após o golpe contra Evo Morales em novembro de 2019, as forças militares realizaram os massacres de Senkata, em El Alto, adjacente a La Paz, e Sacaba, no departamento de Cochabamba.

Nessas operações militares e policiais morreram 37 pessoas, 27 das quais morreram por ferimentos a bala.

Os familiares das vítimas aguardam o esclarecimento dos fatos. Até o momento, a investigação é realizada com base em informações fornecidas por civis.

Fonte: TeleSur

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