Fantástico exibe vídeo da delação de assassino de Marielle e jornais repercutem plano de “nova milícia”

Ronnie Lessa disse que a vereadora era vista como obstáculo para esses planos e que seria dono de um negócio criminoso que renderia mais de US$ 20 milhões, que se refletiria até em eleições




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Fantástico exibiu, neste domingo (27/5), o vídeo da delação do ex-policial militar Ronnie Lessa – um dos assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em que ele confessa o crime pela primeira vez e aponta os mandantes, além de contar como foi o planejamento e qual seria o pagamento pela execução.

Lessa afirmou que os mandantes da morte de Marielle ofereceram a ele e a um comparsa dois loteamentos clandestinos na zona oeste do Rio para a instalação de uma milícia.

Segundo a delação, que ‘O Globo‘ e o ‘UOL resumiram, o ex-PM confessou ter matado a vereadora e revelou planos de criação de uma nova milícia através da ocupação ilegal de uma área na Zona Oeste da cidade para explorar negócios ilegais, como exploração de sinal clandestino de internet e televisão, incluindo gatonet, kombis e venda de gás e de serviços de transporte.

Ele afirmou que a vereadora era vista como obstáculo para esses planos, por convocar reuniões contra a expansão da milícia. O empreendimento criminoso renderia mais de US$ 20 milhões. O delator não diz quando o empreendimento ilegal aconteceria, mas afirma que seria um dos donos, com um poder criminoso que se refletiria até em eleições.

Ronnie Lessa, preso desde março de 2019, afirmou ter se encontrado com os mentores do crime três vezes, duas vezes antes do assassinato e uma vez depois. A Polícia Federal não encontrou evidências das reuniões que teriam ocorrido em uma rua na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O relatório da PF indicou que Rivaldo Barbosa supostamente recebeu R$400.000 para obstruir as investigações. Os irmãos Brasão, Domingos e Chiquinho, supostamente informaram Barbosa sobre o plano de matar Marielle. O chefe da Polícia Civil teria usado sua posição “para garantir aos mentores do crime que eles permaneceriam impunes“.

Segundo Lessa, os irmãos Brazão inicialmente consideraram o ex-deputado Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, como alvo, mas depois descartaram a ideia devido à sua projeção política. A PF comprovou que o executor de Marielle pesquisou políticos ligados ao PSOL, incluindo Freixo. A denúncia contra os irmãos insere o crime em um contexto de embates políticos com o PSOL, destacando o histórico de conflitos com o partido.

O Jornal ‘O Globo’ destacou algumas falas de Lessa

“Eu falei ‘não, a gente tem que matar’. Não tem problema. Eu aceitei de cara sem saber até quem é.”
“Não é uma empreitada, pra você chegar ali, matar uma pessoa, ganhar um dinheirinho… Não!”
“Era muito dinheiro envolvido; na época ele falou em 100 milhões de reais o lucro dos dois loteamentos. São quinhentos lotes de cada lado. É uma coisa grande, são ruas, na verdade é um mini bairro. É uma coisa gigantesca, então a gente tá falando de muita grana.”

“Eu tive com eles por três ocasiões. O Domingos falava mais e o Chiquinho concorda. É uma dupla, um fala mais e outro só concorda.”

“A gente ia assumir, na verdade, ia criar uma milícia nova.”
“A questão valiosa ali é depois, é a manutenção da milícia, que vai trazer voto.”

Os irmãos Brazão negam envolvimento nos assassinatos, rejeitando a versão apresentada por Lessa. Rivaldo Barbosa alega não ter recebido valores ilícitos. Seus advogados criticam a atuação da PF, apontando que o relatório se baseia apenas nas palavras de Lessa e destaca que o ex-chefe de polícia não representa risco à ordem pública, ressaltando sua intenção de enfrentar o processo de forma legal.




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