“Voltaremos a ter um governo que respeita a vida das pessoas”, diz Gleisi no Dia Internacional dos Direitos Humanos

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e deputada federal reeleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, durante coletiva a jornalistas, há duas semanas | Imagem reprodução YouTube

A presidente nacional do PT lembrou que hoje é também “Dia Internacional dos Direitos Animais” e afirmou que, “a partir de 2023”, “avançaremos em novas pautas civilizatórias, como a deste tema

Hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e também Dia Internacional dos Direitos Animais!“, lembra a deputada federal reeleita pelo Paraná, e também presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.

A parlamentar afirma que “a partir de 2023, voltaremos a ter um governo que respeita a vida das pessoas e avançaremos em novas pautas civilizatórias, como a dos direitos animais“.

Em dezembro de 2020, a ex-presidenta Dilma Roussef afirmou que o candidato derrotado para Lula, e ainda presidente, Jair Bolsonaro, “não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos“. Ela reagiu às declarações feitas por ele, poucas horas antes, em frente ao Palácio do Alvorada, quando ironizou torturas sofridas durante a ditadura, quando a então militante estudantil tinha 22 anos.

Rousseff foi torturada em Juiz de Fora, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em Minas, ela foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária, revelaram documentos obtidos pelo jornal O Estado de Minas.

Em nota à imprensa, Dilma respondeu que o presidente “revela a índole própria de um torturador“. Relembre:

Jair Bolsonaro promoveu mais uma de suas conhecidas sessões de infâmia e torpeza, falando a um pequeno grupo de apoiadores, nesta segunda-feira, 28 de dezembro.

Como não respeita nenhum limite imposto pela educação e pela civilidade, uma exigência a qualquer político, e mais ainda a um presidente da República, desmoraliza mais uma vez o cargo que ocupa. Mostra-se indigno ao tratar com desrespeito e com deboche o fato de eu ter sido presa ilegalmente e torturada pela ditadura militar. Queria provocar risos e reagiu com sórdidas gargalhadas às suas mentiras e agressões.

A cada manifestação pública como esta, Bolsonaro se revela exatamente como é: um indivíduo que não sente qualquer empatia por seres humanos, a não ser aqueles que utiliza para seus propósitos. Bolsonaro não respeita a vida, é defensor da tortura e dos torturadores, é insensível diante da morte e da doença, como tem demonstrado em face dos quase 200 mil mortos causados pela Covid-19 que, aliás, se recusa a combater. A visão de mundo fascista está evidente na celebração da violência, na defesa da ditadura militar e da destruição dos que a ela se opuseram.

É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. E, no poder, tem agido exatamente como um fascista. Ele revela, com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador. Ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte.

Bolsonaro não insulta apenas a mim, mas a milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como aos seus parentes, muitos dos quais sequer tiveram o direito de enterrar seus entes queridos.

Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro.

DILMA ROUSSEFF

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