Os problemas psicológicos que a pandemia esconde

Psicólogos alertam para os problemas que a pandemia pode causar devido ao isolamento social e a crise pandêmica. Esses problemas podem estar relacionados desde comportamentos compulsivos até agravamento de problemas psicológicos que antes pareciam controlados, como depressão e ansiedade.

A depressão pode surgir devido ao fato de muitas pessoas viverem sozinhas. O que já era preocupante em época sem pandemia. No entanto, devido à quarentena ou isolamento social, a restrição às visitas acentua esse problema e pode desencadear outros, como dependência alcoólica, por exemplo. Foi o que aconteceu com muitos ingleses. Durante a quarentena, o aumento de casos de consumo da bebida foi observado.

Comportamentos compulsivos e violentos foram observados entre os italianos a ponto do país lançar a campanha “emergência dentro da emergência” ao se deparar com o aumento de violência contra mulheres.

A Espanha detectou problemas causados com a insônia e irritabilidade. Especialistas notaram fenômenos como “atraso de fase” e “distúrbio do pesadelo”. No atraso de fase, as pessoas sentem a necessidade de dormir mais tarde e, consequentemente, acordam mais tarde, o que leva a perder um bom período do dia, tornando-o improdutivo. No que se refere ao distúrbio do pesadelo, especialista afirma que se trata de um processo de estresse ou ansiedade, que podem ser agravados pelas preocupações geradas pela pandemia, levando a sonhos agitados ou muito realistas estando, muitas vezes, presos em algum lugar ou com dificuldade de sair de uma dada situação conflituosa.

A irritabilidade vem como consequência de uma noite mal dormida ou por tornar o dia improdutivo. Quem dorme menos é mais ansioso e desencadeia a irritabilidade pelo pouco de horas dormidas. Quem perde a produtividade se irrita porque não tem mais o interesse de outrora e as tarefas perdem o sentido.

No Brasil, um país mais aberto, com pessoas se abraçando e beijando com mais intensidade que os ditos países fechados, como Japão e norte da África, a pandemia intensificou a depressão, estresse e violência doméstica. Segundo estudos realizados, além dos problemas mencionados acima, no Brasil, a violência doméstica se destacou e há evidências que além da violência física, a psicológica, onde o agressor trabalha na dependência emocional da sua companheira, fazendo com que ela se sinta inferior, impotente e submissa aos caprichos dele, também teve aumento de casos.

É preciso estar atento para os problemas e a ajuda de um profissional da área pode ser fundamental.

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