Julgamento está marcado para dia 20 e a Corte reforçará a segurança, devido ao momento crítico de proximidade da eleição presidencial
A defesa do deputado federal bolsonarista, Daniel Silveira, agora do PTB-RJ, desde o dia 30 do mês anterior, pediu, na tarde desta segunda-feira (11/4) a suspeição dos nove ministros que não foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal), que deve condenadar o parlamentar no próximo dia 20, devido às ameaças constantes feitas aos magistrados da Corte, que possivelmente reforçará a segurança na data do julgamento.
O texto do documento diz que “no dito julgamento, ocorrido virtualmente no dia 1º de abril de 2022, nove ministros, além do relator, referendaram as ilegalidades e inconstitucionalidades da decisão proferida pelo sr. Alexandre de Moraes em 30 de março de 2022, onde impunha, de forma monocrática, medidas cautelares em face do primeiro excipiente, parlamentar federal”.
Silveira tomou a atitude porque o STF confirmou abertura de inquérito contra ele, por desobediência, após o deputado se recusar a cumprir a decisão judicial do ministro relator Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), para o uso de dispositivo eletrônico na região do tornozelo visando monitoramento via GPS durante 24 horas por dia.
A maioria dos ministros da Corte deve se alinhar a Moraes para condenar o parlamentar, daqui a pouco mais de uma semana, o que é visto como uma resposta aos ataques infundados e antidemocráticos do bolsonarista, de acordo com interlocutores ouvidos pelo portal de notícias UOL. Mesmo porque os magistrados já criticaram de modo reservado, no ano passado, as ofensas originais, proferidas por Silveira, que resultaram, desde então, em uma sequência de ataques do parlamentar.
No Supremo, espera-se o placar de 9 a 2 para a condenação de Silveira, o mesmo do julgamento que validou as medidas cautelares impostas a ele, no final de março.
