Após versão sobre mortes por engano, polícia encontra corpos dos supostos assassinos dos médicos

À direita, Perseu Ribeiro Almeida, 33, assassinado junto com mais dois médicos, na Zona Sul do Rio de Janeiro | À esquerda, a figura de um miliciano que teria motivado o crime “por engano“, segundo a polícia | Imagem UOL

Bandidos teriam ido ao “quiosque errado“, onde estavam os médicos, sendo que um deles era fisicamente parecido com acusado de integrar uma milícia da zona oeste do Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, na noite de quinta-feira (5/10), quatro corpos dentro de dois carros na Zona Oeste do Rio, dos supostos autores dos tiros que mataram três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca. De acordo com os agentes, um deles é chefe de um grupo de traficantes que cometem assassinatos no Estado, informa o ‘UOL‘.

Um quarto médico foi baleado e está internado. Um dos assassinados era irmão de Sâmia Bomfim, deputada federal pelo PSOL-SP e cunhado do também deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). 

Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento em que homens descem de um carro branco e correm em direção aos médicos. Eles são mortos a tiros. Nenhum pertence das vítimas foi levado. O local do ataque estava aberto cerca de 12 horas após o crime.

Os médicos mortos são Marcos de Andrade Corsato, 62, Perseu Ribeiro Almeida, 33, e Diego Ralf de Souza Bomfim, 35 – este último irmão da deputada Sâmia Bomfim – todos morreram na hora.

Almeida teria pedido para trocar de plantão no hospital onde trabalha justamente para ir ao congresso de ortopedistas no Rio.

A quarta vítima, Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque, está estável, lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos, segundo o boletim médico.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que os médicos assassinados na Barra da Tijuca, foram mortos por engano. Um informante do grupo rival ao de um miliciano de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, teria confundido o criminoso com o ortopedista Perseu Almeida, uma das vítimas.Continua após a publicidade

Almeida, 33, teria sido confundido com Taillon Barbosa, acusado de integrar uma milícia da zona oeste do Rio. Em dezembro de 2020, o Ministério Público denunciou o homem de 26 anos por liderar um grupo que atuava na região de Rio das Pedras, Muzema e áreas próximas.

Os assassinos teriam ido ao “quiosque errado” para executar as vítimas. Os bandidos tinham a informação de que Taillon frequentava o “Quiosque do Naná”, reduto da milícia da qual ele faz parte.

O informante diz aos bandidos, em áudio divulgado nas mídias, que os alvos da milícia estariam no “Quiosque do Naná 2”, que fica a menos de 100 metros do “Quiosque do Naná”. Mas quem estava lá eram os médicos, sendo que Almeida era fisicamente parecido com Taillon.

Investigadores dizem acreditar que o grupo atirou contra todos os médicos por acreditar que eles faziam a segurança armada do miliciano.

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