Petrobras cobre oferta dos árabes para controlar petroquímica brasileira com sede em São Paulo

Braskem, maior petroquímica das Américas e líder na produção de resinas polietileno (PE); polipropileno (PP); policloreto de vinila (PVC); insumos químicos básicos (eteno, propeno, butadieno, benzeno, tolueno, cloro, soda e solventes | Divulgação Braskem

Expectativa da petroleira é se tornar controladora da Braskem ao final do processo de venda, retomando projeto original da estatal iniciado na gestão Lula II

A Petrobras tem direito de preferência sobre as ações da companhia petroquímica Braskem e poderá cobrir a oferta da Unipar, de R$ 10 bilhões, considerada melhor do que a feita pela Adnoc – estatal de petróleo de Abu Dhabi – e do fundo de private equity americano Apollo -formada por títulos e debêntures, informa Denise Luna, do ‘Estadão‘.

Segundo seu texto, a Novonor – antiga Odebrecht – controla a Braskem com 50,1%, enquanto a Petrobras tem 47%. Outros 2,9% de ações ordinárias estão no mercado de ações. Assim, a compra da fatia pode acabar sendo feita pela petroleira brasileira para agregar valor aos produtos da companhia nas plantas petroquímicas da Braskem.

Uma outra possibilidade estudada pela Petrobras seria uma composição com a Unipar, mas a preferência da empresa seria pelo controle, tornando a Petrobras novamente uma empresa integrada. Para isso, há de ser feita uma revisão no Plano Estratégico da Petrobras. O objetivo de diversificar o portfólio já faz menção direta a produtos petroquímicos e fertilizantes, o que indica a volta da estatal ao setor.

Em 2007, durante o segundo mandato de Lula, a Petrobras comprou uma pequena participação na Braskem, empresa resultante da fusão de seis empresas do setor, e aos poucos foi crescendo na companhia, até chegar aos atuais 47% de ações ordinárias e 36,1% do capital total.

Em uma eventual aquisição da participação integral da Novonor, a Petrobras ficaria com 97,1% da Braskem. Além dessa fatia, a estatal ainda possui no setor petroquímico a Metanor, líder na produção de metanol no Nordeste e com sede em Camaçari, Bahia, que o governo anterior também não conseguiu vender. A única venda bem-sucedida foi da Deten, em julho de 2022, por R$ 514 milhões.

Após a publicação desta reportagem, a estatal afirmou não haver decisão da diretoria executiva ou do Conselho de Administração em relação ao processo de desinvestimento ou de aumento de participação na Braskem.

Apesar disso, a estatal ressalta no mesmo comunicado que a sua atuação no setor petroquímico é um dos elementos do Plano Estratégico 2024-2028, conforme divulgado em 1º de junho deste ano, e que está desenvolvendo análises para definição da melhor alternativa de execução de sua estratégia na área.

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