“O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes”, disse Bebianno antes de morrer e que também teria escrito cartas sobre quem queria vê-lo morto

O ex-ministro da Secretaria do Governo de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, que morreu na magrugada deste sábado (14) no Estado do Rio de Janeiro, teria entregue cartas a conhecidos com os seguintes dizeres: ‘Se algo acontecer comigo, abram‘. A matéria foi publicada na Revista Veja e reproduzida pelo site GazetaWeb de Alagoas pertencente ao Grupo Globo. A mídia levou ao ar, há um ano, informações de publicação da Revista Veja, que afirmou que Bebianno deixou duas pessoas próximas avisadas sobre o que fazer caso ele sofresse algum tipo de retaliação.

Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Gustavo Bebianno e Jair Bolsonaro em maio/2018 após o lançamento do livro ‘Por que o Brasil É Um País Atrasado?‘, de autoria do descendente da família real brasileira, em encontro em Brasília no gabinete do ainda deputado e atual presidente do Brasil.

Na ocasião, a redação alagoana escreveu que “o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno” estaria “com medo do que” poderia lhe acontecer “após escândalo envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o PSL“.

Assim, “por conta das ameaças que” vinha “recebendo, o político escreveu cartas a duas pessoas próximas, contendo informações como o nome de quem estaria interessado em lhe fazer mal“, publicou a Gazeta. “Se algo acontecer comigo, abram“, disse o ex-ministro, segundo a publicação.

A última declaração do ex-secretário geral da Presidência e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, foi curta e grossa. Bebianno afirmou à coluna Painel, da Folha, publicada neste sábado (14): “Todos que tentam trabalhar terminam alvejados pelas costas. O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes.”

A não ser que tenha deixado algo gravado ou escrito para a posteridade — e ninguém tem certeza de que tal documento exista — esse pedaço de história do Brasil real nunca virá a público, exceto por certos relatos que fez a pessoas próximas. Lauro Jardim, em O Globo

Eu sou advogado por formação e eu tenho o hábito de guardar tudo aquilo que é importante, que tem algum histórico documental, eu guardo. Gustavo Bebianno, no Roda Viva.

Ele [Bolsonaro] não é maluco de não saber o que eu fiz por ele. Bebianno, no Roda Viva.

Da Redação

O ex-ministro Gustavo Bebianno morreu aos 56 anos de idade em um sítio em Teresópolis.

Ele foi um dos principais articuladores da campanha de Jair Bolsonaro ao Planalto, como integrante do PSL.

Foi o responsável por levar a candidatura de Bolsonaro ao partido, razão pela qual se tornou presidente da legenda.

Ganhou um cargo chave no Planalto, mas foi afastado depois de uma disputa com Carlos Bolsonaro.

Hoje, era candidato a prefeito do Rio pelo PSDB.

A morte de Bebianno foi recebida com incredulidade nas redes sociais.

“Será que ele não deixou nada registrado, documentado e autenticado, como experiente advogado?”, perguntou o ex-deputado Chico Alencar.

“Morte prematura de um forte conhecedor das fraudes praticadas na campanha de Jair Bolsonaro”, escreveu o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

“Virá bomba por aí? Aguardemos”, reagiu a ex-deputada Vanessa Grazziotin.

Chamou a atenção a última frase de Bebianno registrada pela grande imprensa.

“Todos que tentam trabalhar terminam alvejados pelas costas. O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes”.

Bebianno comentava a fritura do general Luiz Eduardo Ramos, que substituiu outro general, Carlos Alberto Santos Cruz, também fritado, na Secretaria de Governo que Bebianno ocupou no início do governo Bolsonaro.

Assista ao vídeo com Gustavo Bebianno no Rova Viva há 12 dias atrás:

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