O presidente afirmou que “aqueles que teimam em dizer” que o ex-deputado, que atirou em agentes federais, tem ligação com ele “está mentindo”
Em uma coletiva de imprensa realizada momentos antes da sabatina da TV Record, na noite deste domingo (23/10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter “qualquer ligação” com um de seus maiores aliados, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB).
Com um histórico de discursos de ódio que inflamam seus seguidores, o ocupante do Palácio do Planalto teme danos à sua tentativa de reeleição e tenta dissociar sua imagem do aliado que foi notícia horas antes.
O ex-deputado federal é também aliado de Bolsonaro em sua briga com o STF (Supremo Tribunal Federal). Jefferson deu tiros de fuzil e lançou até granada contra os agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão expedido pelo ministro da Corte, Alexandre de Moraes. Ele resistiu à prisão, em sua casa no Rio de Janeiro, durante todo o domingo, se tornando o foco de jornalistas até do exterior.
“Aqueles que teimam em dizer que Roberto Jefferson é meu aliado, lembre-se: em setembro agora ele entrou com uma notícia-crime contra a minha pessoa no Superior Tribunal Militar“, afirmou o presidente, na coletiva.
“Não existe qualquer ligação minha com Roberto Jefferson. Nunca se cogitou ele trabalhar na minha campanha. Quem age dessa maneira está mentindo. Repito: ele entrou com uma notícia-crime contra a minha pessoa no STM , setembro último agora”, prosseguiu.
Na sequência, o presidente condenou o comportamento do aliado com a ministra do STF, Cármen Lúcia. Referindo-se aos xingamentos de Jefferson contra a magistrada na sexta-feira (21/10), Bolsonaro disse que “não se justifica ele se referir a uma mulher da forma como se referiu. É injustificável isso aí“.
O aliado comparou a magistrada a “prostitutas arrombadas“. Bolsonaro só rechaçou a atitude dois dias depois do ocorrido, quando Jefferson atingiu seu limite.
Assista, a seguir, no vídeo compartilhado pelo jornal Estadão: