Moraes pede que PF investigue se há ligação do PIX de R$ 17 mi de Bolsonaro com milícias digitais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimenta o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes durante evento de retificação de posse de ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho), em 19 de maio de 2022, em Brasília, em ação ocorrida após o mandatário acionar a Corte máxima de Justiça contra o relator do inquérito das Fake News | Imagem reprodução

O ex-presidente declarado inelegível duas vezes é um dos investigados no caso, que também apura o financiamento desses grupos. Para a PGR, há elementos suficientes para justificar a necessidade de análise mais profunda das doações

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, atendeu a uma sugestão enviada em outubro pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e mandou a PF (Polícia Federal) analisar a “vaquinha” via Pix em favor do ex-presidente declarado inelegível, Jair Bolsonaro (PL).




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Por meio do modo de transferência monetária instantâneo, foram doados mais de R$ 17 milhões para o candidato derrotado em 2022.

O pedido inicial de investigação partiu dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fábio Contarato (PT-ES) e Jorge Kajuru (PSB-GO) e da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A PGR disse entender que os parlamentares não poderiam ter entrado com o pedido diretamente no STF, mas sugeriu o encaminhamento do caso à PF – o que foi acatado por Moraes.

Agora, a PF deve analisar se há ligação entre doações e inquérito das milícias digitais. 

Bolsonaro é um dos investigados no caso, que também apura o financiamento desses grupos.

Para a PGR, há elementos suficientes para justificar a necessidade de análise mais profunda das doações feitas ao ex-presidente.

A análise dos indícios e provas da produzidas em razão das diligências investigativas realizadas pela Polícia Federal [no âmbito do inquérito das milícias] aponta a existência de uma verdadeira organização criminosa (…) com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito“, justificou Alexandre de Moraes, em sua decisão, conforme transcreveu o ‘UOL‘.

O relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou que o ex-presidente recebeu R$ 17,1 milhões em transferências via Pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano e que esse valor foi movimentado por meio de 769 mil transações feitas para a conta do ex-presidente no período.

A campanha de doação começou depois do julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que deixou o ex-presidente inelegível.

O relatório do Coaf mostrou que 18 pessoas – advogados, empresários, militares, agricultores, pecuaristas e estudantes – pagaram entre R$ 5 mil e R$ 20 mil ao ex-presidente.

Além delas, há três empresas. Uma delas fez 62 transferências que totalizam R$ 9,6 mil.

Em julho, ex-presidente confirmou ter recebido doações e ironizou:

Obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix há poucas semanas. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro aqui para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle“, disse Bolsonaro durante um encontro do PL Mulher, em 29 de julho.




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