Malu Gaspar é uma oportunista que endossou perseguição a Lula, mas posa de democrata, reage Nassif

Lula foi preso, perseguido, humilhado, caçado em público e jamais questionou a democracia“, diz o jornalista Luis Nassif sobre matéria da ‘colega’, que novamente critica o estadista sobre o tema




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Uma frase da jornalista de ‘O Globo‘, Malu Gaspar, chamou a atenção de seu ‘colega’, editor do ‘GGN‘, Luís Nassif, que também foi membro do conselho editorial da ‘Folha de S. Paulo‘, e produzia artigos na seção de Economia: “Democracia para Lula só é sagrada se for para favorecê-lo“, escreveu a colunista.

A afirmação consta na conclusão da opinião de Gaspar em nova matéria tendenciosa, na qual criticou a reação do estadista a jornalistas em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, na quarta-feira (6/3), quando o tema passou a abordar a Venezuela.

Lá, “a Controladoria-Geral e o Supremo, dominados por Nicolás Maduro, retiraram da disputa deste ano seus dois principais opositores e ainda mudaram a data do pleito, que tradicionalmente ocorre em dezembro, para 28 de julho, aniversário do falecido presidente Hugo Chávez“, conforme diz a jornalista em sua publicação.

Gaspar cita a fala de Lula, quando o Presidente argumentou sobre presunção de inocência nas questões das eleições na Venezuela, especialmente sobre a posição de Maduro. A jornalista faz sua abordagem sobre suposta perseguição do líder venezuelano aos opositores e à neutralidade de Lula diante das ‘ditaduras amigas‘.

O texto enfatiza o posicionamento de Lula em relação à democracia brasileira, mas Gaspar opina que quando o Presidente do BrasilabsolveMaduro, pode ocorrer um impacto negativo em sua imagem perante os eleitores que valorizam a democracia.

Só que Lula não está absolvendo ninguém. Apesar de um texto consistente e rico em boa argumentação, Malu Gaspar oculta, ou é incapaz de compreender, que em seu ‘modus operandi‘, Lula preza por uma razoabilidade diplomática tal que, no caso em questão, o oposto soa como se a jornalista defendesse uma declaração de guerra à quem não concordar com a democracia.

Sem contar que a Venezuela se tornou um país que defende ferrenhamente seus recursos naturais, que são como uma ovelha aos olhos de um lobo faminto, os EUA.

Justamente por este motivo, o país liderado por Joe Biden, mas que tem no currículo do governo as históricas invasões a outros Estados do mundo, se torna mais uma vez suspeito quando defende eleição presidencial do país vizinho.

E Lula jamais argumentará sobre tais questões de extrema sensibilidade, por questões óbvias para alguns, mas especialmente porque, para outros eleitores de visão rasa, poderia lançar dúvidas aos que carecem das soluções econômicas.

E estas estão sendo alcançadas agora, desde que estivemos a um passo de viver um golpe de Estado e uma ditadura de fato.

Também neste sentido, Nassif tem razão em afirmar que Malu Gaspar agora posa de democrata, após endossar a prisão de Lula, que foi “perseguido, humilhado, caçado em público e jamais questionou a democracia“.

Sobre o tema, Gaspar transcreve a fala de Lula a jornalistas, na quarta-feira (6/2), no Palácio do Planalto, sobre “garantir a presunção de inocência, até que haja as eleições para que a gente possa julgar se foi democrática ou decente“: O Presidente disse antes que não se pode “jogar dúvida antes das eleições acontecerem, que aí começa discurso de prever antecipadamente que vai ter problema“. Depois, o chefe do Executivo afirmou ainda que Maduro lhe garantiu que vai “convocar todos os olheiros internacionais do mundo que quiserem acompanhar as eleições”. Segundo a jornalista, “Lula não é bobo nem mal informado, conhece Maduro de outros carnavais e tem à disposição um corpo diplomático plenamente capaz de informá-lo de que a Venezuela mantém cerca de 300 presos políticos e protagoniza a maior crise humanitária do planeta, com quase 8 milhões de exilados. Gaspar acescente que “a perseguição a opositores, com desaparecimentos e torturas, é uma das razões por que o governo venezuelano é alvo de uma investigação no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade“. E lembra que, “na semana passada, Maduro ainda expulsou do país integrantes do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos porque, entre outras razões, protestaram contra a prisão da ativista Rocío San Miguel, conhecida por denunciar crimes militares“. Ela foi presa há um mês pela polícia de Maduro sob as acusações de “traição à pátria”, “terrorismo” e “conspiração”, tendo ficado “semanas incomunicável e com paradeiro desconhecido. Foi preciso a intermediação da embaixada da Espanha (ela é cidadã espanhola) para que fosse garantido seu direito a receber visitas da família e de um advogado“. Gaspar espeta: “Não há sinal, portanto, de que Maduro esteja realmente disposto a receber olheiros para fiscalizar as eleições, a menos, talvez, que venham da Nicarágua, da Rússia ou de Cuba“, países que a jornalista também considera que têm presidentes ditadores. Depois, a jornalista diz que “não faz nenhum sentido comparar o cenário político do Brasil ao da Venezuela, mas Lula arriscou quando disse ontem, em coletiva de imprensa, segundo a colunista do ‘Globo’, esperar que a oposição venezuelana não tenha o mesmo comportamento da brasileira“. Ela transcreveu a fala: “Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento da oposição daqui, nada vale. Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018. Em vez de ficar chorando, indiquei um outro candidato que disputou as eleições“. Segundo sua análise, “a questão é justamente essa. A diferença entre Lula e a oposicionista María Corina Machado, que aparecia na liderança das pesquisas, mas foi sumariamente excluída de eleições na Venezuela pelos próximos 15 anos, é que Lula não foi impedido de disputar por uma ditadura, mas por decisão judicial. E, se o Brasil não fosse uma democracia, nem o PT poderia ter indicado outro candidato para substituí-lo, nem ele poderia voltar a disputar eleições em 2022 — e ganhar. Malu Gaspar acusa lula de “fingir que não vê os crimes cometidos por ditaduras amigas enquanto denuncia os perpetrados por inimigos geopolíticos” e diz que é “intrigante ver o tom e a ênfase com que defende Nicolás Maduro. Parece que, quanto mais se acumulam evidências de monstruosidades cometidas pelo venezuelano, mais o brasileiro se empenha em absolvê-lo“, escreve, acrescentando que “tal postura fica ainda mais esdrúxula considerando que acabamos de passar por um trauma que poderia ter nos lançado de novo sob uma ditadura em que o petista certamente não seria o presidente — e que apoiar Maduro só piora sua imagem diante dos eleitores que de fato prezam a democracia como valor“. Por fim, em seu texto tendencioso, Gaspar diz que “a única explicação possível é que Lula acredita mesmo no que diz e que, para ele, democracia é um conceito relativo. Só é sagrada se for para favorecê-lo. Senão, não faz mesmo diferença.




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