A iniciativa do debate é da deputada pecedobista Alice Portugal e a Liderança da Minoria assina embaixo – Bolsonaro sabotou esforços dos BRICs para que toda a população mundial tivesse acesso às vacinas e a sociedade paga o preço: além de aceitar dependência, país confrontou aliados que poderiam protegê-lo
Quebra de patentes parece um termo complexo, mas faz tempo que essa política está presente na vida do povo brasileiro e tem beneficiado a saúde de muita gente.
Se alguma vez você já fez uso de medicamento genérico, então também é uma dessas pessoas. E se tratando da maior crise sanitária que o país já enfrentou, esse debate no contexto das vacinas é extremamente urgente e necessário.
“Se não bastasse Bolsonaro atrasar a compra e propagar mentiras a respeito da vacinação, seu governo é um dos poucos no mundo a manifestar-se contra a quebra das patentes” , afirmou a página no FB do Liderança da Minoria na Câmara. “Mais uma ignorância sem tamanho das tantas que vêm nos colocando no epicentro da contaminação e no topo do ranking de mortes diárias por covid”.
A quebra de patentes poderia possibilitar a produção descentralizada das vacinas e desmistificar seu processo de produção, uma vez que seu código é aberto e pode ser visto e remixado por qualquer um.
Poderia, também, dar um impulso à produção de produtos como ventiladores, máscaras e equipamentos de proteção usados na prevenção e no tratamento da covid-19.
Já a flexibilização de licenças de direito autoral na produção de conhecimento espalharia a informação científica, especialmente para aquelas pessoas – notadamente pesquisadoras/es do Sul Global – que têm menos possibilidade de pagar por acesso a livros e revistas científicas caras.
A Câmara dos Deputados realiza uma comissão geral para debater o assunto com parlamentares e especialistas, em mais um esforço para “encontrar alternativas ao descaso assassino do presidente”, disseram os administradores do espaço no FB.
O evento foi convocado pela deputada Alice Portugal. Ela também é farmacêutica bioquímica. graduada pela Universidade Federal da Bahia em 1981.
Desde 1979 filiada ao PCdoB, foi deputada estadual da Bahia de 1995 a 2003, quando foi eleita para a Câmara Federal, tendo sido reeleita em 2006, 2010 e 2014.
A Liderança da Minoria assina embaixo.
Juntas e juntos, temos força para derrotar o coronavírus e o Bolsonaro.
Assista: