Bolsonaro causou prejuízo de R$ 5,6 bilhões em má gestão de dinheiro público, aponta TCU, segundo Gleisi

A presidente nacional do PT disse que o Tribunal enviará relatório de 29 áreas com suspeita de fraude, desperdício e abuso de autoridade: “Vamos fazer pente fino”, disse

O TCU vai nos enviar relatório de 29 áreas com suspeita de fraude, desperdício, abuso de autoridade e má gestão de Bolsonaro“, anunciou a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal reeleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, em seu peril no Twitter, nesta terça-feira (15/11).

Em um dos setores o prejuízo é de R$ 5,6 bilhões“, informa a parlamentar. “Daí se vê que fala anticorrupção era enganação“, prossegue Gleisi, que, na sequência, promete fazer um “pente fino e mostrar à sociedade” o que acontece.

Veja abaixo e leia mais a seguir:

De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, entrega nesta quarta-feira (16/11) ao coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), um relatório com 29 áreas críticas com ameaça de “vulnerabilidade a fraude, desperdício, abuso de autoridade, má gestão ou necessidade de mudanças profundas para que os objetivos das políticas públicas sejam cumpridos“.

Há um prejuízo estimado em R$ 5,65 bilhões por ano em pagamentos indevidos, dizem os técnicos da corte sobre uma das áreas, referente a pagamento de pessoal e benefícios sociais.

Em 2020, foram identificadas 2,4 milhões de ocorrências. Na Codevasf, o TCU questiona o aumento da dependência das emendas parlamentares e a falta de análise criteriosa quanto ao interesse social e a necessidade das demandas apresentadas.

Segundo o texto do jornal, os técnicos analisaram a vulnerabilidade dos sistemas informatizados da administração pública, identificando que 74,6% das 410 organizações não possuem política de backup aprovada formalmente.

Também é apontada a demora na concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que levava em média 311 dias em 2020, quando o prazo previsto é de 45 dias.

E tem mais: a gestão dos demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem um alto índice de judicialização, o que aumenta ainda mais os custos. Entre 2018 e 2021, dos R$ 609 bilhões em despesas previdenciárias e assistenciais 15,1%, foram pagos por decisão judicial.

Mais ainda: há alertas para o teto de gastos. O relatório destaca a redução das despesas discricionárias, sobretudo investimentos, diante da pressão das despesas obrigatórias. A dívida bruta do governo passou de 51% do PIB em 2013 para 80,3% em 2021, enquanto a média em países emergentes é de 64,5%.

No documento, elaborado ainda na gestão da ministra do TCU aposentada, Ana Arraes, há apontamentos também nas áreas de mineração, inovação, meio ambiente e transportes, entre outros. Nesta segunda-feira (14), Alckmin anunciou que irá ao TCU receber as informações coletadas pelo tribunal.

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