Et Urbs Magna, 08 de setembro de 2018, 22:45GMT
Sem comoção, Bolsonaro não deve colher bons frutos do ataque
Segundo o estudo da FGV, realizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da instituição, a repercussão mais temida pelos democratas, o de uma possível reação de comoção pelo ataque ao candidato Bolsonaro, não aconteceu. Segundo a DAAP FFG, o evento foi o de maior repercussão imediata nas redes sociais, principalmente no Twitter, desde 2014. Porém, conjunto com a monstruosa reação, houve associação imediata com o discurso de ódio adotado pela vítima do ataque
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Do A Postagem – Dentre outros assuntos diretamente associados, os de maior circulação dão conta da desconfiança na credibilidade do ato, tanto que os procedimentos médicos estão dentre os mais discutidos, no universo de 3,2 milhões de referências ao ataque, incluindo questionamentos diretos à credibilidade do ocorrido. (Leia mais aqui)
Embora as hashtags mais populares sejam de apoio a Bolsonaro — #forçabolsonaro, com 197,3 mil recorrências, seguida de #bolsonaropresidente17 (21,4 mil), #direitaunida (11,3 mil), #bolsonaro (10,1 mil) e #somostodosbolsonaro (6,2 mil), segundo o instituto — “os tuítes de maior compartilhamento, permanecem em evidência publicações que abordam se, de fato, houve um ataque a Bolsonaro ou se o dano provocado pela facada foi grave como parece”.
O candidato mais referenciado no Twitter, em conjunto a Bolsonaro, foi o ex-presidente Lula, não pela eleição em si, mas, pelos atentados a tiros à Caravana de Lula pelo Sul do país, bem como, os atos de ódio explícito dos seguidores do candidato do PSL. Lula obteve 185 mil menções associadas ao ataque em Juiz de Fora.
Parece que a maior parte dos brasileiros associaram o ataque de um desequilibrado, ao próprio ódio destilado pelo candidato. O raciocínio que diz: “Mas, ele também plantou” prevaleceu na lógica da maioria das pessoas que não suportam o discurso de mais e mais violência. Talvez, esse fato acabe explicando a pouca reação de “pena” que não levou à comoção esperada.
Na outra ponta, o excesso de patetice de seus correligionários, principalmente o pastor Silas Malafaia visitando Bolsonaro e afirmando que a vitória poderia, agora, vir no primeiro turno, bem como declarações equivocadas e o otimismo, foram recebidos com grande ceticismo na sociedade. Por isso, não há dúvidas sobre não haver qualquer teoria da conspiração e o perigo era a conspiração posterior ao fato inesperado e que vem sendo minado pelo próprio ufanismo rastaquera dos “amigos” de Bolsonaro.
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