A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista coletivaImagem: Drew Angerer/Getty Images via AFP / O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, dutante visita do brasileiro a seu país, e o presidente dos EUA, Joe Biden | Sobreposição de imagens
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
“A vasta maioria da comunidade global está unida em uma visão compartilhada de que invadir um outro país, tentar tirar parte do seu território, e aterrorizar a população, certamente não está alinhado com valores globais“
O Brasil “parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global“, afirmou Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, após ser questionada sobre o apoio do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, referindo-se à fala “Somos solidários” dita a Putin na ocasião da visita a seu país, em Moscou, na quarta-feira (16/2).
Em coletiva de imprensa, ao ser perguntada por um jornalista se o governo dos EUA sentiu traição da parte de Bolsonaro e se a fala do chefe do Executivo brasileiro pode afetar a relação dos dos países, Psaki disse que não conversou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e respondeu, de acordo com transcrição do UOL:
“Eu diria que a vasta maioria da comunidade global está unida em uma visão compartilhada, de que invadir um outro país, tentar tirar parte do seu território, e aterrorizar a população, certamente não está alinhado com valores globais e, então, acho que o Brasil parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global“.
Nas palavras de abertura de seu encontro privado com Putin, Jair Bolsonaro afirmou que “somos solidários à Rússia“, mas não disse a quê se refere tal solidariedade. Contudo, a interpretação acaba sendo óbvia, diante da crise de segurança representada pela tensão com a Ucrânia e o Ocidente, que acusa Moscou de ameaçar invadir o país vizinho.
Bolsonaro também afirmou a Putin que o Brasil e a Rússia compartilham “valores comuns como a crença em Deus e a defesa da família. Também somos solidários a todos aqueles países que querem e se empenham pela paz“.