o ministro do STF e ex-presidente do TSE afirmou que poderia ter dado mais atenção para pautas identitárias
Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e ex-presidente do TSE, afirmou, durante uma palestra na sexta-feira (13/5), no XXIV Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador, que ao invés de ter dado mais atenção para pautas identitárias, “gastei tempo discutindo a bobagem do voto impresso“.
De acordo com transcrição do jornal Valor Econômico, Barroso também disse que “o mundo vive um momento lúgubre, triste e agressivo. Em tempos assim, é preciso ter cuidado para não entrar no clima, para não ser parte da negatividade geral“.
“A internet virou um espaço onde se difunde ódio e desinformação e de propagação da intolerância“, afirmou, sem mencionar nominalmente Bolsonaro.
Em 2021, Barroso teve de debater a PEC do voto impresso, de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF), que defendia sua implantação obrigatória nas eleições, criando uma apuração eletrônica dos votos, com impressão para possível recontagem dos votos.
Utilizando um discurso com diversos equívocos, como a ideia de que não seria possível auditar eleições eletrônicas, os defensores da PEC duvidavam constantemente da utilização das urnas eletrônicas.
Ainda assim, em agosto de 2021, a Câmara dos Deputados barrou o projeto. A PEC do voto impresso conseguiu somente 229 votos a favor – quando era necessário 308 votos para aprová-la.