Amauri Ribeiro enviou petição ao STF, após afirmar em sessão na Alego que ajudou a “bancar quem estava lá” e acrescentou: “Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha“
Na terça-feira (6/6), o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) disse, durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado (Alego), que “também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro” (leia a matéria e assista ao vídeo aqui).
Agora, Ribeiro demonstrou sua preocupação com as consequências de suas palavras, cujo trecho específico de sua fala viralizou nas redes sociais, onde perfis fizeram comentários diminuindo sua capacidade cognitiva.
Na sexta-feira (9/6), através de sua defesa, o deputado enviou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, uma petição para que ele não seja preso.
O magistrado tem sido decisivo nas investigações e condenações de manifestantes bolsonaristas golpistas terroristas detidos preventivamente na Papuda e Colmeia por terem participado dos atos de depredação, sem precedentes, contra as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
O advogado Demóstenes Torres, que representa o parlamentar, mandou a peça à Corte ante o risco de a Polícia Federal pedir sua prisão, após o colunista Lauro Jardim, do ‘Globo‘, publicar que a Polícia Federal encaminharia ao Supremo o pedido de prisão do deputado, conforme mostrou o portal de notícias ‘UOL‘.
Na petição que pede a rejeição de um “eventual pedido de prisão“, Demóstenes afirma que as falas foram retiradas de contexto e que o deputado considera “vândalos, bandidos e delinquentes” quem participou dos atos de 8 de janeiro.
A fala de Ribeiro na Alego foi uma resposta ao deputado Mauro Rubem (PT-GO), que questionou o financiamento dos atos golpistas: “Respondendo a sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação, que defende esse país e que não concorda com esse governo corrupto e bandido“, disse.
Ribeiro também corre o risco de receber processo do governo Lula, devido às suas constantes falas acusatórias e sem provas, haja vista que o Presidente da República Federativa do Brasil provou na Justiça que foi vítima de ‘lawfare‘ da cada vez mais extinta ‘República de Curitiba‘.
Segundo o texto, Ribeiro também defendeu o militar da ativa da PM-GO, preso pela Polícia Federal, Benito Franco, e ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana), detido no dia 19 de abril durante um desdobramento da Operação Lesa Pátria, que apura os atos golpistas.
“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês“, argumentou.
Após a repercussão de suas declarações, Amauri recuou e afirmou que repudia os atos golpistas de 8 de janeiro: “Uma vergonha, porque ficamos por quase dois meses nas portas dos quartéis em um processo pacífico e democrático, sem nenhuma quebradeira. A lei nos dá esse direito“, disse à rádio Bandeirantes de Goiás.