Avião de US$ 20 mi que voa a US$ 6 mil/h lança míssil de US$ 100 mil para matar quem só vive com US$ 1 em Gaza

O texto é do perfil ‘Palestina Hoy’, em cuja bio na conta no ‘Twitter’ lê-se que “o site é dedicado a informar sobre Palestina, rompendo o cerco midiático e a censura informativa


AFP Mai YAGHI y Adel ZAANOUN

O Exército israelense e grupos armados palestinos da Faixa de Gaza retomaram os disparos de foguetes e mísseis neste sábado (13/5), depois de uma noite relativamente tranquila e à espera de avanços na proposta de cessar-fogo do Egito.

No início da tarde, dezenas de foguetes lançados da Faixa de Gaza ativaram a defesa antiaérea israelense, após novos bombardeios de Israel sobre este território e após o funeral de Iyad al-Hassani, comandante militar da Jihad Islâmica morto na véspera por um míssil israelense, observaram jornalistas da AFP.

A Jihad Islâmica é considerada como uma “organização terrorista” por Israel, União Europeia e Estados Unidos.

Deflagrada na terça-feira (9/5) com ataques israelenses contra a Jihad, essa onda de violência deixou 33 palestinos mortos nos confrontos. Uma israelense de 80 anos também morreu, depois da explosão de um foguete em seu prédio em Rehovot, no centro de Israel.

No norte da Cisjordânia ocupada, dois combatentes palestinos do braço armado do Fatah, o movimento do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, morreram em um ataque do Exército israelense neste sábado contra o acampamento de refugiados de Balata, em Nablus.

Tradicional mediador entre as duas partes, o Egito trabalha para conseguir uma trégua que ponha fim a esta escalada de violência, a mais grave entre os movimentos armados em Gaza e Israel desde agosto de 2022.

De acordo com uma fonte palestina próxima às negociações, “o Egito apresentou uma nova proposta de cessar-fogo [na sexta-feira] à noite”.

“A parte palestina vai estudá-la, e o Egito também espera uma resposta” de Israel, disse a mesma fonte.

Mohammed Al Hindi, chefe do departamento político da Jihad Islâmica, chegou ao Cairo na quinta-feira e disse à AFP que espera obter “um acordo de honra que reflita os interesses do nosso povo e da resistência”.

Ontem, o governo americano condenou “firmemente” o lançamento de foguetes contra Israel a partir de Gaza e defendeu um cessar-fogo urgente.

Em um telefonema com o ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, a subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, lí de Asuntos Estratégicos, Ron Dermer, “insistiu na urgência de se chegar a um cessar-fogo para evitar mais perdas de vidas civis”, informou o porta-voz Matthew Miller.

Ao meio-dia deste sábado, as Brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, disseram que continuam seus “disparos de mísseis contra as cidades” israelenses “ante a continuação de assassinatos e bombardeios” em áreas habitadas.

Há quatro dias, os habitantes da cidade de Gaza estão trancados em casa. Salvo alguns supermercados e farmácias, ruas e lojas permanecem fechadas. Em Israel, as sirenes de alerta de foguetes soaram várias vezes desde as 6h locais (00h em Brasília), nas áreas limítrofes com a Faixa.

Entre os 33 palestinos mortos, há vários combatentes e seis comandantes da Jihad Islâmica, além de integrantes do grupo armado Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) confirmou, na sexta-feira (12), a morte de pelo menos 13 civis, sete deles menores de idade. Já o Exército israelense informa que quatro civis, incluindo três menores, foram mortos por foguetes palestinos em Gaza.

Segundo o Exército, cerca de 1.100 foguetes foram disparados na direção de Israel. Deste total, cerca de 300 foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea, o qual é ativado apenas quando os foguetes ameaçam zonas habitadas.

A Faixa de Gaza é um território palestino empobrecido onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Desde 2007, quando o movimento islâmico Hamas assumiu o controle total do enclave, está submetida a um rígido bloqueio israelense.

O território foi palco de várias guerras com Israel desde 2008.

Em agosto de 2022, três dias de confrontos entre Israel e a Jihad Islâmica mataram 49 palestinos, incluindo pelo menos 19 crianças, segundo a ONU. Mais de mil foguetes foram disparados de Gaza em direção a Israel, deixando três feridos.

* AFP

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