Grupo farmacêutico britânico afirmou, neste domingo (27), ter encontrado, após nova pesquisa em parceria com a Universidade de Oxford, “a fórmula vencedora” para a imunização contra a doença
Nos próximos dias a agência reguladora britânica fará comentários a esse respeito.
“Acreditamos ter encontrado a fórmula vencedora e como alcançar uma eficácia que, com duas doses, está no mesmo nível”, disse o diretor executivo da empresa, Pascal Soriot, ao jornal Sunday Times, acrescentando que a vacina garante ”100% de proteção contra formas graves de covid-19.”
Em resultados provisórios de ensaios clínicos em grande escala no Reino Unido e no Brasil, o laboratório do Reino Unido anunciou em novembro que sua vacina tinha eficácia média de 70%, em comparação com mais de 90% dos medicamentos Pfizer / BioNTech e Moderna.
Por trás do resultado médio estão grandes diferenças entre dois protocolos: a eficácia chegou a 90% para os voluntários que receberam a primeira metade da dose e uma dose completa um mês depois, mas apenas 62% para outro grupo vacinado com duas doses completas.
Os resultados foram criticados porque ocorreu um erro na injeção de meia dose, embora um grupo relativamente pequeno tenha seguido este protocolo. A empresa anunciou posteriormente que sua vacina precisava de “estudos adicionais”.
A vacina Oxford / AstraZeneca é altamente esperada porque é relativamente barata e não precisa ser armazenada tão fria quanto a da Pfizer / BioNTech, por exemplo, que precisa ser mantida a -70 graus.
O medicamento AstraZeneca pode ser armazenado na geladeira (2 a 8 graus), o que facilita a vacinação em larga escala e em asilos.
O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação com a vacina Pfizer / BioNTech no início de dezembro. Agora, conta com a segunda vacina Oxford / AstraZeneca para ganhar fôlego e reduzir a curva de aumento nos casos atribuídos à nova variante do coronavírus detectada no país.
Diante da mutação, “estamos pensando em quando a vacina deverá continuar a ser eficaz”, disse Pascal Soriot. “Mas não podemos ter certeza e vamos fazer alguns testes”, garantiu, revelando que novas versões foram preparadas, mas espera que não sejam necessárias: “Temos que estar preparados”.
O governo do Reino Unido disse na quarta-feira que enviou dados completos da vacina Oxford / AstraZeneca para a agência reguladora do Reino Unido, MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde).
De acordo com a imprensa britânica, a MHRA deve votar a vacina nos próximos dias, com o objetivo de iniciar a vacinação em 4 de janeiro
