O ministro da Justiça e a ministra da Igualdade Racial se manifestaram nas redes sociais sobre o preconceito sofrido pelo futebolista brasileiro na Espanha, durante a partida entre o Valência e Real Madrid – ASSISTA E LEIA
“Minha solidariedade ao jogador brasileiro Vinicius Júnior, mais uma vez vítima de racismo na Espanha“, escreveu no ‘Twitter’, às 16h19, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou: “Vamos trabalhar para superar todo o odioso racismo que jogadores brasileiros ainda sofrem dentro e fora dos campos e das quadras“.
O Valencia venceu por 1 a 0 o Real Madrid, onde atua Vini Jr., neste domingo (21/5). Durante a partida, gritos racistas da torcida no estádio de Mestella foram direcionados contra o brasileiro, que reagiu ao preconceito, tomou um mata-leão de um jogador adversário e ainda foi expulso de campo.
Veja abaixo e leia mais a seguir:
De acordo com transcrição de matéria no ‘UOL’, aos 15 segungos do segundo tempo, torcedores lançaram outra bola em campo, e Cömert (zagueiro do Valencia) chutou na direção do brasileiro, que acabou sofrendo uma falta no momento em que estava preparando uma jogada de ataque.
Ao levantar e se direcionar para a lateral do campo, alguns torcedores do Valencia gritaram ‘Mono’ (macaco) contra Vinicius Junior, que discutiu rapidamente com alguns deles, mas a partida continuou. Cerca de 10 minutos depois, o jogo foi paralisado, visto que os torcedores do Valencia voltaram a repetir o gesto.
O locutor do estádio pediu para que os gritos fossem encerrados sob ameaça do jogo ser suspenso. Logo depois, o brasileiro identificou o torcedor que cometeu o ato racista e ao tirar satisfação foi insultado por outros torcedores presentes.
Poucos minutos depois, já nos acréscimos, jogadores de Valencia e Real Madrid trocaram empurrões após Vini Jr. ser chamado de macaco pelo goleiro rival, Mamardashvilie, e receber um mata-leão de Hugo Duro (atacante do Valencia). Na reação, o brasileiro atingiu o rosto do goleiro e acabou expulso.
O ministro da Justiça classificou o episódio como “deplorável” e “inaceitável“, e ainda prometeu “consequências“, deixando claro que tomará medidas contra as reações dos agressores. Anielle Franco disse ainda que “o racismo não dá sossego“.
