Poucas passagens da história sul-americana foram tão impressionantes, quanto o contra-golpe liderado pelo povo venezuelano, retratado ao vivo, pelo documentário da BBC, “A Revolução Não Será Televisionada”. O episódio de imensa “sorte” dos jornalistas que foram entrevistar Hugo Chavez, na tentativa de desvendar o mito, em torno do líder político.
O documentário retrata os bastidores do palácio de governo, quando a CIA encampa um golpe de estado na Venezuela e sequestra o presidente, levando-o para uma aeronave da força aérea americana. Para grande azar dos EUA, toda a passagem que estava armada para não parecer um golpe, mas uma revolução, foi filmada e presenciada pelos jornalistas ingleses e in loco.
O documentário da TV Pública Inglesa se tornou, com isso, um dos mais importantes documentos históricos do imperialismo e da perversidade americana na América Latina e deve ser revisitado, de tempos e tempos, na busca de uma melhor compreensão dos fatos e do radicalismo na Venezuela. Afinal, não foi do nada que chegou-se à essa situação. Mostra, portanto, que o quadro pintado pela mídia brasileira não retrata a realidade e compõe uma versão perversa da realidade latino-americana. Assista, abaixo: