Opinião de J.R.Guzzo, revista VEJA, quer sugestionar aos leitores que os R$ 51 milhões das malas de Geddel são de LULA
Máquina anticorrupção não consegue explicar fortuna em apartamento e agora a VEJA tenta tirar proveito disso para sugerir que são do ex-presidente
Primeiro, o colunista da VEJA tenta chamar a atenção de seu público leitor para aquela quantidade de dinheiro espalhado em malas na sala do apartamento associado a Geddel argumentando que há mais de um mês o Brasil ainda não tem a resposta sobre sua origem.
O autor faz desenrolar um blá-blá-blá ocupando várias linhas só pra encher linguiça, pra falar o que todo mundo já sabe, ou seja, que não se sabe de nada apesar das impressões digitais do ex-ministro nas cédulas.
A partir de então, Guzzo começa a especular sobre a propriedade do pequeno tesouro quando, esperadamente, articula a dúvida maior dando um suspense ao indagar: “Será que Geddel amontoou todos os 51 milhões apenas durante os seis meses em que foi ministro de Michel Temer? Ou uma parte veio do seu vice-reinado na Caixa Econômica Federal, durante quase três anos, no governo Dilma Rousseff? Será que um pouquinho, talvez, não tenha rolado no governo do ex-presidente Lula, de quem foi ministro por mais de três anos inteiros?”
Não satisfeito, o ‘letrado’ ainda desafia a ‘máquina pública brasileira’ afirmando que até uma criança usaria suas indagações e sugere só pode haver uma única resposta. E ainda encorpa a argumentação: “O ex-poderoso gigante da “base aliada” durante os mais de treze anos dos governos Lula-Dilma entulhou em sua caverna secreta o equivalente a cerca de 16 milhões de dólares; é coisa para se carregar em contêiner. Ninguém está dizendo que é dinheiro roubado, claro, não ainda – mas, se porventura fosse, a soma estaria entre as que foram conseguidas nos dez maiores roubos da história, segundo as listas mais populares em circulação.”
Após outras argumentações desnecessárias do “calunista“, numa clara demonstração de que houve muita pesquisa no google, como a contabilização da quantidade de homens em ação no Brasil, bem como a folha de pagamento relacionada ao combate ao crime, a VEJA passa a usar sua rara sensatez afirmando que “os ladrões estão “sob suprema proteção”, referindo-se à decisão do Supremo Tribunal Federal que mandou de volta para o Senado a tarefa de punir ou perdoar o senador Aécio Neves – pego numa fita gravada extorquindo 2 milhões de reais de um criminoso confesso e bilionário. O STF “curvou-se a ameaças dos políticos”.