“URGENTE: JN desmascara roubalheira das vacinas no MS e expõe participação de militares no esquema”

As palavras são do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) que alardeou sobre o assunto após o Jornal Nacional, da Rede Globo, exibir uma de suas edições abordando a corrupção com a Covaxin. Teve de documento falsificado a militar acusado de prevaricação.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) tuitou, na noite desta terça-feira (6), chamando a atenção de seus seguidores na rede social para o Jornal Nacional, sobre a corrupção no Ministério da Saúde nas aquisições de imunizantes contra a Covid-19.

“URGENTE: Jornal Nacional desmascara roubalheira das vacinas no Ministério da saúde e expõe participação de militares no esquema”, tuitou o deputado.

O perfil @AirRoute66 postou, em resposta a Pimenta, um meme de Bolsonaro em que ele aparece segurando, com a mão direita, uma seringa com símbolo do cifrão (caractere que representa o consumismo; mercantilização; capitalismo desenfreado por ganância turbulenta) e, com a mão esquerda, um punhado de dólares. O rosto representando o presidente faz expressões de satisfação. Uma mensagem logo abaixo tem os dizeres: “Bora vacinar, galera”. Veja abaixo e leia mais a seguir:

A edição do telejornal mostra o depoimento da fiscal de contratos do Ministério da Saúde, Regina Célia Silva Oliveira, na CPI da Covid, onde ficou claro que ela deu andamento ao contrato de compra da vacina Covaxin mesmo depois dos alertas de irregularidades.

A partir dos depoimentos de Oliveira, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) expôs que o coronel da reserva Elcio Franco Filho – ex secretário-executivo do Ministério da Saúde, esteve recentemente em coletiva de imprensa, ao lado de Ônix Lorenzoni, onde foi apresentado um documento que seria, segundo os dois, a prova de que não havia nenhuma irregularidade na aquisição dos imunizantes da Covaxin, conforme denunciara ao presidente Jair Bolsonaro o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Contudo, o JN esmiuçou todos os erros grotescos do documento, que foi desmascarado pela senadora, e apresentou a conclusão enfática: Franco prevaricou sobre o caso.

Assista ao trecho do JN AQUI.

A senadora Simone Tebet elencou pelo menos 24 problemas em documento usado pelo governo de Jair Bolsonaro para rebater denúncia de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.

A chamada “invoice”, uma fatura com os dados do pagamento, apresentada pelo ministro Onyx Lorenzoni, no dia 23 de junho, quando, ao lado do coronel da reserva, ameaçou processar os denunciantes, continha erros de inglês e falta de informações na nota fiscal que teria sido enviada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, para a compra da Covaxin, em março deste ano.

Tem clara comprovação de falsidade de documento privado. Nós estamos falando de falsidade ideológica formulada por alguém“, disse a senadora.

Entre os erros apontados por Simone, a marca e logotipo da empresa estavam apresentados desenquadrados.

Não estão alinhados em alguns pontos, como se fosse uma montagem“, acrescentou.

Entre os erros estão o de grafia da língua inglesa, como “prince” (príncipe) no lugar de “price” (preço); “airpor” e não “airport” (aeroporto); mistura de português e inglês, no que a senadora chamou de “portinglês“; diferença no número de doses de vacinas de um campo para o outro; falta de dados bancários e assinaturas/autorizações.

O documento foi divulgado pela primeira vez pelo servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado Luis Miranda, como prova de que havia irregularidade na compra da Covaxin.

Na versão apresentada pelos dois, a “invoice” previa pagamento antecipado de R$ 45 milhões por 3 milhões de doses da Covaxin, o que não estava previsto no contrato fechado entre Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, intermediadora do negócio. Pelo acordo, o pagamento só deverá ser feito após o Brasil receber a vacina, o que ainda não ocorreu.

Outro ponto levantado pelos irmãos é de que a empresa destinatária do pagamento é a Madison Biotech, uma offshore sediada em Cingapura que não consta no contrato. Segundo a Precisa, a empresa é ligada ao laboratório indiano Bharat Biothec, fabricante da Covaxin.

No dia da coletiva de Franco e Lorenzoni, o governo havia recebido duas versões da nota fiscal, mas nenhuma delas correspondia à que havia sido apresentada pelos irmãos Miranda. O documento apresentado pelos irmãos, no entanto, consta no sistema do Ministério da Saúde.

Como é que ninguém visualiza um documento fajuto como este, documento apresentado pelo Onyx e pelo Elcio, fotografado por nós e pela imprensa?“, questionou a senadora.


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