Michel Temer disse nesta sexta-feira (08) que, sem a aprovação da reforma da Previdência, poderá haver corte em salários em 2019 ou 2020.
“Se não a fizermos agora, em 2019 ou 2020, vamos ter uma reforma previdenciária radical, como aconteceu na Grécia e Portugal, aonde foi preciso cortar as pensões e os vencimentos dos servidores públicos em 20 % e 30%. Se fizermos agora, alongaremos o tempo para uma reforma mais radicial ” disse Temer, durante almoço da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
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O presidente destacou que o déficit da Previdência será de R$ 180 bilhões este ano.
“Sem a reforma, serão mais R$ 45 bilhões no ano que vem e outros R$ 50 bilhões no ano seguinte.”
Temer usou os números para justificar a sua previsão de uma necessidade de cortes nos vencimentos.
“Quando chegar em 2020, talvez tenha que haver corte de salários, se não inciarmos agora a reforma da Previdência.”
Em entrevista depois do evento, Temer afirmou que está confiante na aprovação da reforma agora.
“A minha chance é de votar no dia 18 ou 19.”
Indagado sobre o que aconteceria se a votação ficar para o próximo ano, respondeu:”
“Não vou cogitar isso.”
Mais cedo, em evento da indústria química, também em São Paulo, o presidente afirmou que as pessoas que combatem a reforma da Previdência devem admitir que são a favor de privilégios.
Temer chegou a declarar que as redes sociais são “um horror” porque permitem a propagação do que chamou de mentiras sobre os efeitos da proposta. O presidente ainda fez um apelo aos empresários presentes ao encontro, pedindo que liguem para os deputados pedindo a aprovação da reforma.
FONTE O Globo