Como as redes sociais vêm influenciando o ser contemporâneo? A presença onipresente das redes sociais na vida das pessoas vem alimentando diversos tipos de compreensões. Como a figuração psicanalítica de mundo interno, mundo externo, objeto interno e não-lugar se insere nesse panorama? Que conformações e características psíquicas podemos inferir a partir do jogo que se dá na arena digital? A hiperconexão, a invasão para dentro de nosso mundo mental, o narcisismo, a inveja, a organização de ‘movimentos’ sociais; Este encontro almeja convocar o olhar psicanalítico para analisar este drama moderno. O quanto de espaço devemos oferecer ao mundo digital em nossas vidas? Ana Verônica Mautner – Psicanalista, Escritora e Colunista da Folha de São Paulo
por dibarbosa
Tenho observado, como um bom geógrafo na qualidade de internauta que acompanha o desenvolvimento da humanidade em todos os cantos do planeta Terra (em breve, o de Marte também), que o comportamento social à minha volta, particularmente dos jovens, mudou drasticamente desde os tempos em que a comunicação entre os povos se dava tão somente através dos calorosos contatos imediatos de primeiro grau.Talvez porque ainda estivéssemos diante de um quadro de inaptidão tecnológica ou infertilidade científica da sociedade formadora de opinião do passado, diferentemente do que se vê hoje: pessoas compartilhando informações com o mundo inteiro, em vários idiomas sem conhecer, falar ou entender nenhum, graças às ferramentas disponibilizadas por grandes sites corporativos numa verdadeira guerra para dominar o ranking de visualizações. O fato é que as Redes Sociais implicam de uma forma muito abrangente no dia-a-dia do homem contemporâneo e alimentam diversos tipos de compreensões. Tanto que questionamentos de profissionais da psicanálise começam a surgir com o objetivo de decifrar os pensamentos dos usuários e advinhar o futuro da raça humana em meio a um mundo completamente novo, e talvez até mesmo artificial. Leia-se o texto acima.
O vídeo abaixo foi selecionado para explicar um pouco do que aconteceu com o mundo das interações pessoais e coletivas: