Randolfe diz que Flávio Bolsonaro é ‘cliente assíduo’ do Ministério Público

Comentário foi feito em resposta ao filho do presidente, por promessa de acionar o Conselho de Ética contra menção a impeachment de Aras por prevaricação

É inusitado ver o Sr. Flávio Bolsonaro defendendo o Ministério Público“, afirmou no Twitter o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre promessa do filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de acionar o Conselho de Ética contra o ex-vice-presidente da CPI da Covid, devido a seu interesse em solicitar o impeachment do PGR (Procurador-Geral da República), Augusto Aras, sob o argumento de que ele prevarica para não dar prosseguimento às denúncias apontadas pela Comissão no Senado contra o presidente Jair Bolsonaro e outros.

Rodrigues pontuou dizendo: “Logo ele, que é um cliente tão assíduo do órgão“.

Veja abaixo e leia mais a seguir:

Flávio Bolsonaro afirmou que vai entrar com uma representação contra Randolfe Rodrigues, sob o argumento que ao mencionar o impeachment de Aras, Randolfe ataca não só a honra do PGR, como também a instituição Ministério Público.

Uma verdadeira interferência política sobre o Ministério Público. Vários crimes cometidos configuram, sim, uma obstrução de justiça, razão pela qual eu vou protocolar uma representação no Conselho de Ética contra o senador Randolfe Rodrigues por ter quebrado o decoro parlamentar“, diz FB. 

A promessa do ‘Zero Um’ se deu após Randolfe afirmar em rede social que usará ‘outros meios’ para que o ‘espectador-geral da República pegue no trabalho’, e que não está previsto na Constituição Federal o princípio da Inércia Ministerial“.

Randolfe disse ainda que o PGR que escolheu “mentir em uma entrevista ao invés de trabalhar“. À CNN Brasil, Aras disse que no dia 25 de novembro, a PGR recebeu da CPI  o relatório das investigações, composto por 1.200 páginas com as descrições das irregularidades e os nomes das pessoas indiciadas, incluindo 12 autoridades com prerrogativa de foro no STF (Supremo Tribunal Federal). “Naquele momento, a CPI dizia entregar as provas que estariam vinculadas aos fatos de autoria daquelas pessoas indiciadas”, disse o procurador-geral.

“Ocorre que não houve a entrega dessas provas”, declarou Aras. Ele diz que a PGR recebeu “um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”. Segundo ele, isso fez com que a Procuradoria protocolasse dez petições ao STF buscando “manter a validade da prova para evitar que nulidades processuais venham a resultar em impunidade, como aconteceu recentemente em vários processos”.

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