“Quatro anos depois, [Moro] pretende enfrentar [LULA] a sua caça sem a fantasia da toga”, diz Reinaldo Azevedo

O ex-juiz federal e provável pré-candidato à presidência da República, Sergio Moro, em foto de Lula Marques, o ex-presidente e provável pré-candidato ao mesmo cargo, no qual, caso o ocupe, será sua terceira gestão no comando do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o jornalista Reinaldo Azevedo durante aparição na Jovem Pan | Sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

“É provável que nem ele se dê conta de que aí está a confissão de que sempre houve “um projeto”, que apenas aguardava “o momento certo”“, escreve o jornalista

É provável que nem ele [Sergio Moro] se dê conta de que aí está a confissão de que sempre houve “um projeto”, que apenas aguardava “o momento certo”“, afirmou o colunista da Folha de S. Paulo, Reinaldo Azevedo, sobre a fala do ex-juiz no evento de filiação ao Podemos, quando disse, na quarta-feira (10/11), sobre sua campanha à presidência da República, que “esse não é o projeto somente de um partido, é um projeto de país aberto para a adesão por todos os demais partidos, pela sociedade brasileira, do empresário ao trabalhador, por todo cidadão e cidadã brasileiros. É o seu projeto, que estava aí, aguardando o momento certo. Chegou a hora“.

Em seguida, o jornalista diz que “quatro anos depois que ele, “como juiz“, “retirou o ex-presidente da disputa em 2018 com uma condenação sem provas, pretende enfrentar a sua caça sem a fantasia da toga“.

Em seu discurso, Moro atacou, como se esperava, o PT e Lula, ainda que não tenha citado o nome“, prosseguiu Azevedo. Ele “representa, de novo, a aposta na antipolítica e no discurso salvacionista. Não por acaso, ele se coloca na disputa como o herói solitário“, diz o jornalista.

Chega a ser estúpido que tenhamos de lembrar que o combate à corrupção não pode ser objetivo de governo, mas ação corriqueira, permanente, do Estado democrático. Não é um ponto de chegada”, escreveu Reinaldo Azevedo.

Sobre as eleições de 2018, o jornalista diz, deixando de eliminar a alternativa de ter votado em Haddad, mas deixando subentendido que não anulou seu voto, diz: “Não votei, e jamais o faria sob qualquer pretexto, em Jair Bolsonaro“.

O “Mito” foi a droga “off label” a que muitos se apegaram. Deu errado. Além de não ter combatido o mal, levou o paciente —sim, o Brasil— à agonia em razão dos efeitos colaterais“, afirmou Azevedo.

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