Quase metade dos eleitores de Bolsonaro considera LULA III “ótimo”, “bom” ou “regular”, diz pesquisa Ipec/Globo

Nos primeiros cinco meses de gestão, o torneiro mecânico que virou Presidente do Brasil está bem avaliado para quase metade do “gado” do ex, mostra o Instituto

Uma pesquisa de opinião revelou que Lula III está agradando a gregos e troianos, ou seja, não somente aos apoiadores do estadista, mas também àqueles que fizeram parte do “gado“, como se refere a esquerda aos apoiadores de Bolsonaro.

Os primeiros cinco meses da gestão do torneiro mecânico que virou Presidente do Brasil está bem avaliado para quase metade da manada, conforme divulgado no ‘Globo‘ – jornal que contratou o instituto Ipec para revelar que 41% do universo bolsonarista não veem a atual gestão do Planalto como negativa.

O texto recorda que o pleito marcou a disputa mais apertada em uma eleição para presidente no Brasil desde 1989, sem considerar, contudo, as manobras feitas por Bolsonaro para tentar reverter as pesquisas de intenções de votos durante todo o ano de 2022.

O resultado agora é que, desfeitas as ‘gambiarras‘ eleitoreiras, 8% dos seguidores do antecessor de Lula classificam que o governo deste nordestino é ótimo ou bom, e 33% como regular.

Entre os que escolheram o fundador do seu próprio partido para comandar o País, 68% consideram seu governo ótimo ou bom e 27% o classificam como regular, diz o levantamento.

Outro dado que reforça uma adesão a Lula entre apoiadores de Bolsonaro do pleito passado é que, apesar da polarização política, 19% dos que apertaram 22 nas urnas indicaram aprovar a maneira de governar de Lula. Já 16% dizem confiar no atual presidente, diz a matéria no jornalão.

Impacto do Estado
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Observatório Político e Eleitoral (OPEL), o cientista político Josué Medeiros vê o resultado frente a eleitores de Bolsonaro como um reflexo da “força do Estado”, principalmente na população de renda mais baixa, que é mais impactada pelas políticas públicas.

Bolsonaro aumentou muito sua votação porque estava no poder. E Lula agora no poder consegue pegar uma parte desse eleitorado. A gente tem 30% de cada lado na polarização. Os 40% que sobram se movem pelo impacto das políticas do governo“, analisa o pesquisador.

Bolsonaro despejou R$ 300 bilhões no último ano e isso impulsionou sua candidatura nesse setor. E agora Lula com as políticas públicas e os resultados econômicos positivos recupera uma parte“, disse.

Bolsa família
Nos primeiros meses, o governo Lula recriou o Bolsa Família, que substituiu o Auxílio Brasil, instituído no governo Bolsonaro antes das eleições presidenciais do ano passado. O programa foi uma das apostas de Bolsonaro para a disputa à reeleição.

Além de manter um valor mínimo de R$ 600, valor fixado pelo governo anterior, a gestão de Lula anunciou benefícios complementares para o Bolsa Família. A principal mudança é que famílias beneficiárias do programa passaram a receber um adicional de R$ 150 por criança com até seis ano de idade.

Dados do governo federal apontam que quase 9 milhões de crianças foram contempladas. Tanto o valor médio (R$ 672,45) quanto o investimento no Bolsa Família são os maiores da história.

A percepção sobre o governo também pode ser impactada pela redução do preço da gasolina e do ritmo da inflação no país. Em maio, a Petrobras reduziu o preço da gasolina e do diesel na refinaria. Uma desaceleração de preços, somada à queda no valor do litro dos combustíveis, afetou a inflação de maio.

O Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em 0,23%, e a expectativa do mercado é que o índice fique em 5% no fim do ano, próximo ao teto da meta, de 4,75%.

O Ipec entrevistou presencialmente 2 mil pessoas entre os dias 1º e 5 de junho e o intervalo de confiança é de 95%.

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