‘Psicanálise pode ajudar’, diz Dino sobre Bolsonaro ter ‘dificuldade’ de ‘lidar com controles e rejeições’

O Senador eleito diz também que “temos que agir rápido” porque “houve uma estranha tentativa de ocupação” do’ CCBB ‘pelos “agentes de Heleno”

O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), cotado para ser o ministro da Justiça no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse sobre o futuro Governo Lula, em entrevista à revista Veja, edição que irá às bancas em 23 de novembro de 2022: “Temos que agir rápido“.

O ex-juiz, que também defende o desarmamento do país “literal e simbolicamente”, afirmou que é preciso conter as manifestações bolsonaristas contra o resultado da eleição e também implantar medidas que tenham impacto imediato nas condições de vida da população.

Na mesma conversa com jornalistas da revista, Dino sugeriu que Bolsonaro faça psicanálise, devido ao seu ‘desaparecimento’ das mídias, pois ele ainda é o chefe do Executivo brasileiro, o que pode indicar depressão com a derrota para Lula.

“Temos alguns setores políticos, sociais, empresariais e institucionais que não querem aceitar o resultado das eleições e fazem um combate ilegal e criminoso em relação ao novo governo. Temos um nível de destruição institucional muito maior do que havia em 2003. Vamos ter de agir rapidamente no sentido de adotar ações para garantir a ordem democrática e também medidas que melhorem a vida do povo, que está exausto depois de anos de dificuldades econômicas e sociais.

Há pessoas que estão praticando, de forma flagrante, crimes tipificados no Código Penal. É um dever do atual governo enfrentar a situação, mas se até o dia 1º de janeiro isso não ocorrer, a nova gestão terá de atuar para, por exemplo, colocar fim aos cercos ilegais aos quartéis do Exército. O primeiro passo é garantir as leis. Precisamos criar uma espécie de catequese democrática.

Não temos uma passagem de governo igual à de FHC para Lula em 2002. Lá o diálogo era mais fácil. Mas a lei tem de ser cumprida. A transição não é um favor, é um dever. Apesar da má vontade de um ou outro (do atual governo), o processo será cumprido.

No momento em que temos um presidente recluso há duas semanas, houve uma estranha tentativa de ocupação do prédio de transição pelos agentes do general Augusto Heleno, que não se notabiliza pela educação e pelo bom senso”.

Dino se referiu ao episódio que acabou sendo motivo de troça na Globonews, após equipe de LULA recusar ‘ajuda’ de mais de 40 funcionários, máquinas e rede wi-fi para o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde a sede da Transição está montada.

Muito recentemente”, o general Heleno, “deu declaração desejando uma doença grave ao presidente Lula. Felizmente, ele não tem credibilidade.

Bolsonaro é uma pessoa que tem dificuldade de lidar com controles e rejeições. Às vezes até a psicanálise pode ajudar. Ele é uma pessoa muito intolerante, muito raivosa. Esse traço de personalidade tem levado a um apagão. O governo já era escasso e precário, mas até os símbolos de poder da gestão, como as lives e o cercadinho, deixaram de existir. Ele é um déspota e não está aceitando a derrota.

Basta olhar aquele que ele imita o tempo inteiro, o ex-presidente americano Donald Trump. Um ator de baixa qualidade de um filme ruim. Até as frases são as mesmas, o jeito de agredir a imprensa. Trump fez oposição, tentou o golpe e está buscando voltar. Bolsonaro tentará voltar, vai manter uma base radicalizada. Mas creio que ele vai reduzir de tamanho.

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1 comentário em “‘Psicanálise pode ajudar’, diz Dino sobre Bolsonaro ter ‘dificuldade’ de ‘lidar com controles e rejeições’”

  1. Marcia Regina Travassos Trugano

    Talvez, nem terapia dê cabo de tal personalidade doentia. Remédio é punição é o mais indicado.

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