Presidente do Equador desiste de tentar reeleição após resultados pífios em pesquisas de intenções de votos

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, discursa durante sua posse, em 24 de maio de 2021, na Assembleia Nacional | Imagem AFP

Guillermo Lasso, ex-banqueiro de 67 anos, é popular entre o investidores, mas 80% da população rejeita seu governo

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, desistiu nesta sexta-feira (2/5) de participar das eleições de seu país, após uma pesquisa mostrá-lo atrás de seus principais concorrentes.

O ex-banqueiro de 67 anos é popular entre o investidores, mas 80% da população o rejeita, especialmente pelo aumento dos crimes violentos causados pelas disputas entre os cartéis de cocaína.

Uma pesquisa publicada na semana passada o colocou em último lugar entre os principais candidatos à Presidência.

O levantamento constatou que 32,2% dos eleitores votariam um candidato apoiado pelo ex-presidente socialista Rafael Correa, que ainda não foi nomeado.

Em 2021, os títulos do Equador subiram depois que Lasso foi eleito naquele ano e conseguiu reduzir o déficit fiscal no país – conhecido até então pela histórica inadimplência, lembra uma matéria no ‘Globo‘.

No entanto, o otimismo foi evaporando com o fortalecimento da oposição política e após uma derrota humilhante em um referendo sobre segurança pública convocado por ele mesmo em fevereiro.

Os eleitores ainda elegeram representantes da oposição para prefeituras e regiões mais populosas do país.

No poder desde 2021, o presidente equatoriano é acusado de ter cometido peculato durante a gestão da estatal de navegação Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec).

Segundo as denúncias, Lasso manteve em vigor um contrato assinado antes de sua posse para o transporte de petróleo bruto com o grupo internacional Amazonas Tanker, que deixou prejuízos de mais de US$ 6 milhões (R$ 29,6 milhões).

Seu julgamento político é apoiado por diversos partidos do país. O Congresso, controlado pela oposição, tentou duas vezes o impeachment. A segunda tentativa parecia estar prestes a ser bem-sucedida, mas foi evitada com a dissolução da Casa.

O mecanismo, conhecido como “morte cruzada”, está previsto na Constituição, porém nunca havia sido usado no país. Lasso governará por decreto por seis meses até que novas autoridades tomem posse no final deste ano.

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