O prédio onde a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, tem um apartamento em Belo Horizonte foi pichado com tinta vermelha nesta sexta-feira (6). A ministra não estava no local no momento do ataque.
Segundo relatos de vizinhos, quatro ônibus teriam parado no local e pessoas mascaradas desceram do veículo e jogaram a tinta no edifício. A Polícia Militar (PM) informou que foi chamada por volta das 16h. Quando chegaram ao local, os policiais não encontraram mais ninguém envolvido na ocorrência.
A assessoria do STF confirmou que a ministra tem um apartamento no prédio e que fica no imóvel a cada 20 dias, quando vem a Belo Horizonte. Segundo o Supremo, Cármen Lúcia não vai se manifestar.
Em uma rede social, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) assumiu a autoria do ataque em conjunto com o Levante Popular da Juventude. No post, o movimento disse que cerca de 450 integrantes chegaram por volta das 16h20 em frente ao prédio da ministra. No texto, ele descreve que “foram atiradas bombas de tintas e feitas pichações nos muros e calçadas do prédio onde a golpista reside numa cobertura”.
O MST ainda declarou no post que “assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer”, referindo-se ao julgamento do pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação na Corte Suprema ficou em 6 a 5 contra Lula, sendo que a presidente deu o último voto.
Um prédio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também foi pichado, com críticas ao presidente Michel Temer (MDB) e ao juiz Sérgio Moro. O órgão disse que não vai se manifestar.
A Polícia Civil informou que vai investigar o ataque. Segundo a corporação, uma equipe foi ao local.