Por que, no Rio de Janeiro, não ocorrem incêndios corriqueiros, em favelas? Essa é a mesma face do mesmo problema, que está na natureza do desenvolvimento paulistano. Se o Rio se desenvolveu sob as barbas do imperador e depois dos presidentes da república, São Paulo se desenvolveu sob a desumanidade do capitalismo, que se tornou cada vez mais selvagem. Não que o Rio seja um paraíso mas, o “financeirismo” consumiu São Paulo, em todo o seu ódio “VIP”.
As ocupações cariocas, que ocorrem desde a abolição da escravatura, predominantemente de ex-escravos e descendentes, deram origem às imensas favelas centrais na cidade, que surgiram em locais e terrenos impróprios para construção. Em sua maioria, extremamente íngreme e de difícil acesso. Eram terrenos que em seu momento de ocupação tinham baixíssimo valor de mercado, perdendo, por abandono, a propriedade inicial. São Paulo tem um realidade distinta, com ocupações e “favelas” verticais de alto valor comercial, que se arrastam na justiça.
Hoje, mais uma face dessa tragédia, que tem como base a especulação imobiliária, a desumanidade dos governos tucanos, em especial de João Dória, que se negam a reconhecer o papel público na segurança de pessoas em ocupação e da mídia, na construção do ódio. A tragédia anunciada mostra o espelho nu, do que é São Paulo. Trata-se de uma cidade que se veste no centro mas, que humanamente desaba por dentro e sobre a população em estado de vulnerabilidade, há anos.
A queda do prédio é a imagem da transmissão da Globo News, cujos culpados são os, como eles dizem, “invasores”. Em resposta, faço a pergunta: Onde essas pessoas iriam morar? Certamente não, dentro dos estúdios do Projac, no Rio de Janeiro. A Globo deveria ser cobrada, em conjunto da Band e outras mídias, do seu papel no ódio social.
São Paulo protagoniza há anos, um espetáculo triste e reflexo do capitalismo de mídia, vendendo a ideia de que a pessoa é um ser isolado, em meio à tragédia coletiva. Assim, todas as vitórias são fruto da meritocracia e do esforço individual, que não contempla a imensa massa de derrotados. Porém, quando cai um prédio de pessoas sem moradia, em que o estado não olhou por elas e o próprio presidente da república, que assumiu num golpe, representando essa classe social de idiotas individualistas, tenta visitar e é escorraçado, aos gritos de “a culpa é sua”, a luta de classe latente, se mostra real. Na base dessa tragédia, sem dúvida está o capitalismo e a desigualdade social, a maior do mundo.
Desse texto, surgirão os que me acusarão de comunista. Por obvio, a acusação será verdadeira. Trata-se de um comunista convicto, que lamenta o que se construiu na base social da tragédia egoísta da sociedade mais rica do Hemisfério Sul do planeta Terra, São Paulo. Não foi um prédio que caiu, é um sistema que não se sustenta e desaba.
Retomo, então, a pergunta inicial: Por que pega fogo em favelas, corriqueiramente, somente em São Paulo e não no Rio, ou em Salvador? Seria o atraso mental da elite paneleira paulistana?
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A diferença de grande homem o Lula, para o resto de merda como Moro e sua gang, o mundo apoia o Lula e o nefasto moro quem apoia? fora escória.
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