Posse de LULA será defendida por empresários de peso, avalia socióloga sobre adesões a Carta da USP

“É difícil vermos os empresários brasileiros se manifestando. (…) as entidades e as organizações da sociedade civil acordaram”, diz Neca Setúbal

Movimentos recentes em defesa da democracia, como a ‘Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrátido de Direito’, da Faculdade de Direito da USP, são muito “importantes para enfrentarmos as desigualdades sociais enormes do País, com uma democracia forte, com uma sociedade civil robusta, plural e ativa, ou seja, falante“, avalia a socióloga Neca Setubal.

Ela, que também assinou o documento, é presidente do Conselho Curador da Fundação Tide Setubal – ONG de origem familiar criada em 2006 que tem como foco de trabalho as periferias urbanas buscando ações para alterar desigualdades socioespaciais, como desenvolvimento humano, econômico e urbano; investimentos financeiros e; divulgação de temas sobre desigualdades para influenciar a opinião pública.

A gente tem hoje uma democracia em xeque, com seu sistema e suas instituições sendo questionadas e atacadas. E isso não é de hoje“, afirma, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. A reunião de Bolsonaro com os embaixadores “foi um tiro no pé e só serviu para acelerar toda essa movimentação“, diz Neca Setúbal, que, sobre a adesão da elite à Carta, acha que “agora sim chegamos a uma frente ampla. A defesa da democracia mudou de patamar“.

“(…) como vários empresários de peso têm assinado de forma individual (…). Isso é uma demonstração de que talvez a maior parte dos empresários (…) vai defender o resultado das urnas. (…) A entrada de grupos empresariais, de advogados e de juristas nesta defesa é o salto que a gente precisava. (…) há uma consciência de que o sistema democrático é melhor para todos“, diz a socióloga. (…) “É difícil vermos os empresários brasileiros se manifestando. (…) as entidades e as organizações da sociedade civil acordaram. (…) independentemente do resultado da eleição, essa extrema-direita vai continuar muito ativa“, opina Neca Setíbal. (…) vamos ter um trabalho muito grande, se o Bolsonaro não for reeleito, no processo de reconstrução do País“.

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