A bancada do PSOL na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de janeiro (Alerj) está tentando anular na Justiça uma votação ocorrida em uma sessão desta sexta-feira (17), que decidiu pela soltura de Jorge Picciani (presidente da casa), Edson Albertassi e Paulo Melo, todos deputados estaduais pelo PMDB/Rio, presos por terem recebido propina do setor de transportes do Estado.
O partido sustenta que a votação foi realizada com galerias fechadas ao público em descumprimento a uma decisão judicial , além de apontar irregularidades na convocação da sessão, tendo anunciado que irá entrar com ação na Justiça, para anular a sessão, e com representação na Comissão de Ética pedindo que as denúncias de corrupção que levaram os parlamentares à cadeia sejam investigadas.
Em vídeo publicado na página do Facebook do deputado Eliomar Coelho, uma oficial de justiça é impedida de entrar na assembleia, só conseguindo entrar no final da votação. Ela estava de posse de uma liminar expedida pela juíza Ana Cecilia Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) que liberava seu acesso, mas a decisão teve seu cumprimento retardado.
A Alerj alega que não fechou as galerias, apenas limitou o acesso a elas por questões de segurança, seguindo orientação do Corpo de bombeiros. Do lado de fora da casa, manifestantes organizados desde o começo da tarde foram impedidos de entrar e houve tumulto.