Ação ocorre nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, contra incitadores, financiadores e fomentadores dos atos golpistas
A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quarta-feira (27/9), a 17ª fase da Operação Lesa Pátria, com agentes da instituição policial em cumprimento de três mandados de prisão e outros dez de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), para ação nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
O objetivo é identificar outros manifestantes bolsonaristas golpistas terroristas que participaram da depredação contra prédios sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, além de incitadores, financiadores e fomentadores dos atos golpistas.
Os fatos investigados constituem, “em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido“, diz a Polícia Federal, conforme transcrito no jornal ‘O Globo‘.
Na fase anterior da Lesa Pátria, em 5 de setembro, a PF cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.
Os alvos foram pessoas que pagaram ônibus para transportar os invasores dos prédios públicos.
Na ocasião, foram bloqueados bens dos investigados para reparação dos danos, que, segundo a PF informou, podem chegar a R$ 40 milhões.
Julgamentos
No último dia 14, o plenário do Supremo condenou os primeiros três acusados de depredar os prédios públicos a penas de 14 e 17 anos de prisão.
Eles foram condenados por cinco crimes, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR): abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estados, associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Nesta semana, os julgamentos contra os executores dos atos golpistas continuam no plenário virtual do STF, no qual os ministros apresentam seus votos remotamente.
O relator dos processos, Alexandre de Moraes, abriu a sessão virtual votando pela condenação de mais cinco réus.
Ele propôs penas de 12 a 17 anos de prisão.
A análise desses casos vai até o próximo domingo.