Cristiane Brasil, a ministra do Trabalho que não é ministra do Trabalho porque tem condenações justamente na Justiça do Trabalho, recorreu de novo ao STF na semana passada tentando reverter a determinação da própria presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que impediu a sua posse.
Até a tarde da quinta-feira (1), assim estava a sua situação no plano legal. No campo da boa compostura, no entanto, aí não há recurso que possa absolvê-la da empáfia, da arrogância, da futilidade e da vulgaridade. Mais: do menosprezo pelos trabalhadores.
A deputada federal Cristiane Brasil gravou um vídeo numa lancha, cercada de amigos sem camisa, no qual ela despeja palavras vãs e pesadas. Fossem só pataquadas, seria ruim mas ficaria na conta da sua falta do que fazer. O problema é que a deputada Cristiane Brasil foi agressiva e ofensiva.
Pode-se afirmar, assim, que em matéria de educação e política, Cristiane não herdou a linhagem de seu pai, o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson. Contra ele pesou o mensalão, no qual foi condenado, mas não se diga que Jefferson não é um exímio e bem educado esgrimista profissional da política.
Já Cristiane, além de tudo, é amadora. No vídeo, entre outros absurdos, ela fala: “(…) quem é que tem direito? Ainda mais na Justiça do Trabalho? (…) Que que pode passar na cabeça das pessoas que entram contra a gente em ações trabalhistas?”. Um dos amigos acrescenta: “(…) qual empresário não tem ação na Justiça do Trabalho?”. Outro dá polimento às pérolas: “todos têm ação, eu tenho, ele tem (…)”.
Roberto Jefferson seguiu, primeiro, o caminho genético: pai é pai, e dessa forma ele insistiu na indicação da filha para o ministério. Na sequência, porém, deu-lhe publicamente uma forte reprimenda: “…figura pública deve se portar como figura pública (…) e utilizar as redes sociais somente para assuntos institucionais”.
Torne-se ou não ministra do Trabalho, o fato é que esse vídeo estragou para sempre a biografia de Cristiane. E constará como fato vergonhoso na História do Brasil.
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