O problema que Lula herdou de Bolsonaro é grande, diz Haddad sobre R$ 300 bilhões para tentar reeleição

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^{O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante participação no programa semanal ‘Conversa Com O Presidente’ , em 21 de novembro de 2023| Imagem reprodução / @LulaOficial/X}

“Estamos há um ano tentando colocar ordem no orçamento do governo federal“, afirmou o ministro da Fazenda

Ao ser questionado pelo jornalista Marcos Uchôa, no programa semanal ‘Conversa com o Presidente‘, sobre a Economia do Brasil, em especial sobre como a atual gestão herdou os números do governo anterior, o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) respondeu que em 2022 Bolsonaro “parecia disposto a tudo para reverter um quadro que parecia desfavorável” e “deixou uma bagunça no orçamento federal“.

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O ex-presidente deixou um rombo de R$ 300 bilhões. “Esse número ficou famoso no mundo inteiro”, disse o ministro. “Foram US$ 60 bilhões pra tentar ganhar as eleições e nós estamos há um ano tentando colocar a mínima ordem no orçamento federal“, afirmou Haddad.

Para Haddad, o mundo observa o estadista com bons olhos porque ele já havia governado o Brasil “por oito anos” e “colocou o Brasil entre as seis maiores economias do mundo“, Na sequência, “o ano termina em alta, lá na COP nos Emirados Árabes“, disse, referindo-se à COP 28, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai.

Por conta disso tudo, além de Lula “ter visitado os principais líderes mundiais” no decorrer de 2023, o ministro entende que “o mundo está olhando para o Brasil com confiança” por conta do histórico do chefe do Executivo.

“Aí você vê a bolsa batendo record, o juro caindo, a taxa de desemprego sendo a menor desde 2016, o dólar abaixo de R$ 5 reais, ou seja, importa quem comanda o país“, disse Haddad. “Importa a mensagem que a pessoa passa para os investidores, trabalhadores e o que a gente está vendo é que as mensagens que o Presidente Lula tem passado tem gerado um ciclo de confiança”.

Mas “não podemos subestimar as tarefas que nós temos pela frente. É tudo muito desafiador, porque o problema herdado é grande”, prosseguiu, antes de afirmar, “é bom que se diga” que “o Congresso tem apoiado as medidas econômicas”, apesar do poder legislativo demorar a entender “o que nós estamos fazendo“.

“Não é fácil digerir (…) tem que entender, o rico que não tá pagando imposto tem que começar a pagar, tudo isso é um trabalho pedagógico, mas eu acredito que com o apoio do Judiciário, da Câmara e do Senado, o Presidente tem conseguido passar a mensagem de liderança e confiabilidade”, pontuou.