Por Elissa Curtis e Amanda Sakuma
última atualização em 05/nov/2014
O Maior projeto de construção do Brasil atualmente em curso fica a milhares de quilômetros do Rio de Janeiro e São Paulo, principais concentrações urbanas do país. No coração da Amazônia, o Brasil está trabalhando para aproveitar o poder da energia potencial do rio Xingu na construção da enorme barragem de Belo Monte. Prevista para ser concluída em 2019, a barragem será a terceira maior do mundo, atrás da China Three Gorges e Brasil-Paraguai Itaipu.
A barragem fornecerá 11.233 megawatts de energia para uso residencial e comercial em todo o Brasil ao custo de 14,4 bilhões de dólares. Mas Belo Monte carrega uma grave crise humanitária e ambiental com ativistas lutando para preservar os principais afluentes do Amazonas e as comunidades das diversas tribos indígenas da região. Uma das cidades da região mais atingida pelo projeto de construção é Altamira. Pelo menos 20 mil pessoas, em uma contagem oficial, que vivem lá deverão ser forçadas a deixar suas casas, mas ativistas dizem que o número é 40 mil. Enquanto isso, milhares de trabalhadores migrantes trazidos para a área de construção da barragem estão alimentando a sociedade do submundo do crime, como o uso de drogas e a prostituição, além de destruir tribos indígenas da região. O Fotógrafo Tommaso Protti esteve na região e capturou a crise humana que ameaça as comunidades ao longo do rio Xingu. As fotograias exploraram a sensação de instabilidade presente na cidade de Altamira e da área afetada pela barragem de Belo Monte, bem como ajudaram a levantar questões sobre os impactos sociais resultantes da criação de grandes usinas hidrelétricas, de acordo com Protti.
Pingback: O lado escuro da Barragem de Belo Monte no Brasil (fotografias) – Jataúba notícias