O Globo quer associar influenciadores que apoiam Lula ao time bolsonarista das fake news radicais

Painel mostra fotos do influenciador digital Thiago dos Reis ao lado da Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Imagem reprodução/ Instagram

Matéria tendenciosa fala em “desinformação adotada por influenciadores de esquerda numa batalha virtual em apoio ao governo Lula, com estratégia que repete táticas usadas por youtubers bolsonaristas




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De acordo com matéria em uma sessão do jornal ‘O Globo‘ denominada ‘Sonar – A Escuta das Redes – Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet‘, vídeos com títulos apelativos, que anunciam uma suposta “prisão” do ex-presidente Jair Bolsonaro ou uma “traição” da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sem qualquer comprovação, são o carro-chefe de desinformação adotado por influenciadores de esquerda numa batalha virtual em apoio ao governo Lula.

Segundo o texto, a estratégia repete táticas usadas por youtubers bolsonaristas e pelo deputado federal André Janones (Avante-MG) na campanha de Lula em 2022. A publicação afirma que tudo isso se desenrola na atual gestão do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a simpatia de setores da legenda, e que lideranças do partido são próximas e chegam a incentivar comunicadores adeptos de fake news.

O influenciador digital e empresário Thiago dos Reis, conhecido como “Thiago Resiste”, e o youtuber com destaque na esquerda, Ronny Teles, são citados pela matéria como os mais proeminentes nesta bolha. O jornal diz que o primeiro chegou a se reunir em março de 2022 com o presidente Lula, à época pré-candidato ao Planalto, e o segundo participou de uma reunião de Lula e influenciadores na pré-campanha, transmitida pelos canais oficiais do PT.

Thiago foca na família Bolsonaro, por meio de títulos como “Surge foto de Michelle beijando outro homem!! Fúria do imbrochável”. Os vídeos costumam contradizer ou modular o próprio título. No caso citado, Thiago alega que está apenas “mostrando fotos” sem insinuar nada. O youtuber afirmou ainda que “os títulos visam chamar a atenção para que as pessoas assistam ao conteúdo”, que alega ser “embasado por alguma fonte”“, diz trecho do texto.

Ronny, por sua vez, publicou em abril trecho de um comício de Bolsonaro, com uma legenda sobre “admissão” da competência de Lula. O ex-presidente, contudo, não se refere ao petista. Procurado, ele afirmou que no X costuma fazer piadas e reconheceu que a informação estava incorreta“, escreve o autor da matéria, acrescentando que a publicação foi excluída após o contato feito pelo jornal.

Na publicação do jornalão, Letícia Capone, do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio, comenta que “a ideia é produzir títulos mais sensacionalistas que vão estimular o clique e não necessariamente atender o conteúdo do vídeo. A direita conseguiu se organizar nessas estratégias e a esquerda tenta acompanhar“.

O texto prossegue dizendo que outro canal no ‘Youtube‘ que segue este modelo é o ‘Plantão Político‘, de Adalberto Fogaça. Após a passagem da cantora Madonna pelo Brasil, Fogaça publicou vídeo afirmando que a cantora “respondeu” ao pastor Silas Malafaia, que é aliado de Bolsonaro. A suposta resposta , na verdade, teria sido uma doação de R$ 10 milhões para o Rio Grande do Sul, o que também foi desmentido por agências de checagem.

O jornal diz que, embora sejam filiados ao PT, Ronny e Thiago negam a existência de uma articulação formal do partido com influenciadores de esquerda e que eles afirmam manter diálogo com a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann.

Thiago se encontrou com Lula no Rio, em 2022, e Gleisi confirmou que o convidou para o evento com o estadista. Ela teria afirmado, segundo o jornal, que influenciadores bolsonaristas “fogem da Justiça por crime de desinformação” e que não considera Thiago disseminador de fake news: “Ele se contrapõe às mentiras da extrema-direita, (…) que se vale desse recurso como arma, por meio de seus influenciadores”, alegou a presidente do PT, por meio de sua assessoria de imprensa.

No início do ano, Thiago e Ronny figuraram entre as lideranças do coletivo “Militância Raiz”, que busca articular “comunicadores de esquerda” e formar grupos de WhatsAppmuito maiores do que os bolsonaristas”, diz a matéria. Embora nem todos recorram à desinformação, há uma tentativa de apoio mútuo, admite o jornal. O influenciador Lázaro Rosa, por exemplo, que faz parte do grupo, já divulgou vídeos de Ronny.

Segundo o jornalão, o secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, negou que o partido faça qualquer “organização de influenciadores” e criticou a disseminação de fake news: “Não podemos usar os mesmos instrumentos do adversário. Tem gente que não concorda, quer retribuir chute na canela com a mesma moeda, mas isso não é a orientação“.

Finalmente, a matéria diz que, em nota, a Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência afirmou que “não mantém vínculos ou parcerias pagas com influenciadores” e que “não há ação articulada para o disparo de conteúdos de criadores independentes”.

Como resumiu o perfil ‘PRAVDA-BR @FalaChupetinha‘, na plataforma social de microblogging ‘X’, “eles ficaram nervosinhos porque não conseguiram apagar o brilho dessa estrela“.






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